A IMPOTÂNCIA…
Confesso que quando fui convidada para escrever este texto fiquei muito feliz!
Comecei a pensar sobre o que escreveria e como o texto deveria respeitar todas as normas ortográficas e gramaticais pois sabia praticamente tudo o que gostaria de dizer.
Queria que fosse um texto simples e objetivo, porque afinal de contas, escrever sobre a importância da Escola Pequeno Príncipe na minha vida seria uma atividade corriqueira, dessas que a gente tira de letra.
Então comecei a pensar, a vasculhar as lembranças, as histórias, as pessoas... Fiz uma viagem através do meu “Túnel do Tempo Pessoal”, vasculhei fotografias, datas etc.
Através das minhas lembranças pude perceber que estava extremamente enganada! Escrever sobre a Escola Pequeno Príncipe não seria uma das tarefas das mais fáceis, dizer o que ela representou e representa na vida é um assunto complexo e de muita delicadeza, daria para escrever um livro!
Lembro que tudo começou na escola do Cariru quando tinha apenas quatro anos de idade. Foi o inicio da minha vida acadêmica. Tive medo de ficar sozinha na escola, mas o medo passou rápido. Lembro-me do conforto que senti, da segurança que tive e daquele cheiro... Cheiro de escola! Como era gostoso o cheiro da escola. Como era lindo os cartazes, as tias, os amiguinhos e o parquinho. Lembro que ia sonolenta e quando chegava à escola tinha que ir para a fila no pátio para rezar, cantar o Hino Nacional e ainda cantar aquela música religiosa: Segura na mão de Deus. - Achou que era só isso que acontecia? Tinha mais! Era um verdadeiro ritual. A Tia Clélia dava os seus recados, achava sempre alguma coisinha para chamar a atenção da gente... Confesso que achava tudo muito chato, mais hoje, sinto uma saudade... E aquele cheiro me vem na memória.
Com o tempo mudei de escola, era a mesma escola, só que em um outro bairro e a escola parecia um castelo, não ia mais ter aquele “ritual matinal”. Na minha cabeça, já com nove anos de idade, eu ia estudar num castelo e o meu compromisso era o de levar os meus irmãos para a escola de bicicleta, tudo sozinha...
Ai sim, a minha vida começou de fato! Primeira comunhão, excursões, gincanas, desfile de 7 de setembro, comemoração de Festa Junina, Copa do Mundo, Dias das Mães etc... Era tanta atividade... Achava tudo ótimo!!! E sabe aquele “ritual matinal”, pois é, não consegui ficar livre dele. Tinha outra diretora que era ainda mais brava que a Tia Clélia. Também tinha o estudo que era puxado demais, mas valeu a pena.
Foi nesta época que fiz as amizades mais importantes da minha vida, pessoas das quais estarão sempre comigo e do qual faço questão de citar: Wender e Veríssimo amigos eternos e tão diferentes... Amo vocês!!!
Nossa!! É muita coisa... Comparo a escola PEQUENO PRINCIPE com os meus PAIS.
Meus pais são MARVILHOSOS e responsáveis pela minha formação intelectual, pessoal, profissional, conceitos de ética, religião, educação e etc. São as pessoas mais importantes da minha vida! Acreditem a escola teve o mesmo papel que os meus pais, ela também é responsável por tudo que sou.
Agradeço a Escola por tudo! Por todos os momentos... Momentos de infância e adolescência que não voltam mais. Agradeço a Tia Clélia que desempenhou papel extremamente importante na minha formação religiosa, a Tia Ivanise pelo rigor e pelas broncas, a Tia Júnia pela primeira excursão, ao Maurício e ao Camilo pela alegria constante, aos professores e aos amigos.
A escola foi para mim uma extensão da minha casa.
Lucileyma Rocha Louzada Carazza
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