Capsicum frutescens in anus autrem kisucus est!!!!! Meu diário, meus pensamentos... meu amigo!!!
sexta-feira, 15 de abril de 2011
É a vida!
Você vai ser excluído da brincadeira, seus coleguinhas vão rir de você, você tem um defeito irremediável. Você vai se enfurecer com alguns amigos, pessoas que ama vão morrer, pessoas muito próximas vão te decepcionar. Amores vão te abandonar. Alguém, agora, possivelmente está falando mal de você. E te trair, provavelmente todos vão, principalmente os mais próximos. A humanidade não é perfeita, muito menos você é. Acredita?
Pois é, o mundo é assim e você vai se machucar, vai chorar. Eu me machuquei e chorei. E não adianta imitar a moça da propaganda de margarina, você não será feliz pra sempre, até porque quem tenta ser feliz pra sempre, fica a controlar a vida e perde a graça da borboleta que acabou de passar.
Fingir que não está vendo o que está acontecendo ao seu redor, se esconder no canto da sala, ser sempre o mega-ultra-hiper-blasto legal, não vai também te poupar. Não é possível evitar a vida, ela está acontecendo, quer você queira ou não, e ela vai te atingir, queira ou não, e você vai sentir dor, querendo ou não. E também não vai resolver ficar eternamente se lamentando, com essa ferida aí aberta no peito, sangrando, mostrando pra todo mundo que “o mesmo mundo” foi tão injusto com você; ele já sabe. Não enfrentar os desafios acumula mágoas, cria cicatrizes. Reclamar é não querer se responsabilizar pela própria vida, melhor é encarar de frente, falar abertamente, mostrar o que sente; dar a outra face.
Alguns vão dizer que não te amam, outros nem se importarão com a sua existência, mas não adianta fugir, melhor se mostrar.
Melhor olhar para o mundo com a verdade do que é agora, tentar entender que estamos engatinhando no amor e que vamos TODOS errar. Ninguém vai te salvar disso, e se o fizesse, não seria assim tão justo e tão bom, já que o impediria de brindar.
Mas podemos sentir e deixar passar… Porque a arte está nisso, em sentir e deixar passar. Sentir até o fim de toda essa tristeza essencial de que as coisas não são sempre do jeito que esperamos que sejam, mas que o resultado pode ser gostoso também. Ou você vai preferir ficar parado olhando todo mundo brincar de longe, ao invés de entrar lá, ocupar seu espaço, correr os riscos?
Eu? O que é que eu vou fazer? Eu vou lá pro parquinho bater e apanhar, cair, chorar, levantar, gargalhar… balançar, pular, gritar, brigar! Sujar os pés, molhar na chuva, rolar na grama, sonhar nas nuvens. Ralar o joelho, dar as mãos ao amigo, fazer parte do jogo. Pelo menos vou tentar, porque viver é sentir, pensar e caminhar, é estar junto e ficar só, é ter medo e enfrentar. Vamos também?
Porque se não formos, não vamos sacar o outro lado que é feito de amor e flor, de carinho e respeito, de acolhimento e calor. De sorrisos brilhantes e abraços eloqüentes. Vale a pena! E a delícia é aceitar que Ela é cheia de caixinhas de surpresas e para podermos desfrutar cada uma, precisamos “nos” abrir, sair da “nossa” caixa quadrada que criamos pra nos proteger.
“O apego à felicidade e aversão à dor impedem o amor.”
Por: Paula Jacome - http://chaentreamigas.com.br/?p=3508
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