Capsicum frutescens in anus autrem kisucus est!!!!! Meu diário, meus pensamentos... meu amigo!!!
segunda-feira, 13 de junho de 2011
COMO É ENORME O MEU AMOR
Meu amor tem gostinho de chocolate, barriga fofinha e cheiro de pum. É cabeça de vento, mas me manda rosas. Tem mãos de mestre cuca, coração amigo e prazer no que faz. Me atiça com promessas gigantes, engana minha curiosidade, toma minha razão. Esclarece minha perdição, amortece cada queda, escuta o contrastante da tensão. Tem as pernas preguiçosas, a vida limpa e a mão aberta. Nosso papo se leva, deságua no mar. Faz tudo que eu quero, há, há, há! Me tira do sério… Quando me quer, me ganha no ato. Derrete minha alma, me agarra de fato, me engole, faz e desfaz.
Se me odeia se cala, me degola. Destrói minha coragem e do alto de seu silêncio, me detona. Transforma em gargalhadas minhas amarguras de menina mimada. Voa comigo em seus abraços, nas nuvens decoradas de rabiscos coloridos em tons estridentes. Grava musiquinhas pastéis, desde as fitas até agora, escreve bilhetes geométricos e admira as formas com que dou meus passos. E esse é seu jeito maroto de me lembrar em cada momento, do sentir intenso que há entre nós.
Põe força no que constrói, é um homem pro mundo… Mas é em sua gargalhada de corpo inteiro que me perco por completo… Me encanto pelo seu jeito menino de querer ser filme, compro suas idéias malucas, me afundo em seus olhos doces. Tenho seu ombro sempre, pra chorar as dores do caminho e seu apoio pra seguir atrás dos sonhos, qualquer deles, por mais insano. E quanto mais insano melhor!
Escuto também sua voz eloqüente, que me atrai pra verdade de ser gente. Consegue me tirar da loucura, me voltar pro centro, me enraizar ao chão. Traz pra casa responsabilidades tortas, com sabor de morango e champanhe, cheias de beijos esfumaçados.
Me deu os dois maiores desafios do amor, os dois melhores presentes da dor: um moreno/um branco. Um transparente/um colorido. Um jabuticaba/ um leão. Um sossego/um ventania. Um sossego filosófico e matemático, uma ventania que esperneia pulsante, a junção do que há nas profundezas de nós dois. E de mãos dadas seguimos com eles, juntos… Com uma aliança no coração, uma presença na vida, dois medos nas mãos. Mas vamos com fé, com as almas atadas, já que ela não falha!
E então podemos brincar de olhar o céu, presos por uma linha fininha… Que vai além da pipa, dos passeios encardidos de poeira e melecados de algodão doce…. E nos rimos da nossa criança que brinca e pula ao encontrar os próprios filhos no parquinho da vida.
Me enamorou num domingo, há 13 anos atrás. E ali, no do beijo pop-rock-romântico do meu existir, que me levou às lágrimas antes de mais nada, no calor, nas batucadas, na camisa cor de rosa, eu já sabia que era pra sempre… Sempre soube desse amor… De como já era enorme meu amor por você!
Esse amor que me ama livre, me adora solta, me quer ousada, me deseja deitada. Esse amor que me deixa ser, e sabe que sou sua.
Poderia escrever ao infinito! Mas acho que já deu pra entender o quanto o amo desde a fonte, dentro de uma garrafinha, com um bilhete dentro.
Desculpem a pessoalidade da coluna, a declaração apaixonada ao meu próprio amor… Desejo a todos que aproveitem a energia do cupido no ar e se apaixonem também, por alguém, por si mesmos, ou pela vida, não importa! Essencial é que haja amor!
Por: Paula Jácome