segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mantendo o Espaço Aberto



No Processo de Afinidade chamamos de “manter o espaço aberto” uma atitude relacionada com o amor incondicional e a aceitação. Fazemos isso sendo gentis com nós mesmos e os outros, aceitando e respeitando a nossa experiência exatamente como ela é, aqui e agora. Manter o espaço aberto não é tão fácil como parece. É um desafio tremendo, porque é muito diferente de tudo que nos foi ensinado.

Quando eu mantenho o espaço aberto para mim, fico quieto e fico consciente do que estou pensando e de como estou me sentindo. Eu também tomo conhecimento de quaisquer julgamentos que tenho sobre o que está acontecendo. Por exemplo, eu ouço a voz crítica dentro de mim que diz: "Se você fosse mais espiritual, você não iria ficar com raiva."

Eu permito que todas as vozes na minha psique falem comigo e eu as aceito em minha consciência. Eu não as torno boas ou más. Apenas reconheço que estão lá. Não importa quantas camadas de autojulgamento chegam, eu as aceito dentro de mim.

Na minha consciência, sou testemunha de minha experiência, não sou o juiz ou o júri. Na qualidade de testemunha, não sei o que significa qualquer uma delas, nem preciso saber. Com sagacidade, eu não tenho que fazer alguma coisa sobre a situação. Em vez disso, eu me dou conta de tudo que eu gostaria de fazer para mudar a situação, mas não sinto qualquer pressão para agir. Eu noto meu descontentamento, minha necessidade de corrigir, sem julgar. Como testemunha, minha consciência é suficiente. E é tudo o que é necessário.

Aprofundando a visão dos conteúdos da minha consciência neste momento, eu fico quieto. Eu mergulho em todas as camadas do pensamento crítico e do sentimento reativo, até perceber, na mente e no coração, que tudo está bem, exatamente como é. Este é o lugar da benção a mim mesmo, o lugar onde eu reconecto com o amor.

Paul Ferrini
O Processo de Afinidade e o
Caminho do Amor Incondicional e Aceitação