quarta-feira, 23 de maio de 2012

Seja amoroso consigo mesmo

Ame-se, respeite-se, seja gentil consigo mesmo.
A menos que você seja amoroso para consigo mesmo,
você não pode ser amoroso com ninguém, absolutamente.
A menos que você seja atencioso consigo mesmo,
você não pode ser atencioso com ninguém; é impossível.
Eu lhe ensino a ser realmente egoísta,
de modo que você possa ser altruísta.
Não há contradição entre ser egoísta e ser altruísta: ser egoísta é a própria fonte de ser altruísta.
Mas até agora você tem aprendido exatamente o oposto, lhe ensinaram o contrário.
E qual tem sido o resultado desse ensinamento?
Ninguém ama ninguém.
A pessoa que se condena não pode amar ninguém.
Se você não pode amar nem sequer a si mesmo
 - porque você é a pessoa mais próxima a você -,
se seu amor não pode nem mesmo alcançar o ponto mais próximo,
 é impossível seu amor chegar até as estrelas.
Você não pode amar nada - você pode fingir.
E é isso que a humanidade se tornou: uma comunidade de fingidores, hipócritas.
Por favor tente entender o que quero dizer por ser egoísta.
Primeiro você tem que se amar, se conhecer, ser você mesmo.
A partir disso, você irradiará amor, ternura, atenção com os outros.
A partir da meditação, surge a verdadeira compaixão, mas a meditação é um fenômeno egoísta. Meditação significa deleitar-se consigo mesmo e com sua solitude, esquecer o mundo todo e simplesmente deleitar-se consigo mesmo.
É um fenômeno egoísta, mas desse egoísmo surge grande altruísmo.
E, então, não há nenhum vangloriar-se a respeito, você não se torna egoístico.
Você não serve as pessoas; você não as faz sentir-se devedoras a você.
Você simplesmente se deleita em compartilhar seu amor, sua alegria.

Osho, em "Guida Spirituale"