E AMOR ONDE
FICA?
Difícil falar de amor, mas pelo que tenho ouvido,
algumas coisas mudara. Tenho uma amiga que antes de começar qualquer namoro
procura saber o CEP do rapaz. Busca no Google e quase sempre dá para ter uma
boa ideia da vida dele, onde trabalha etc. Se for na mesma cidade, não há
hipótese de ela encarar. São Paulo, para ela, é o ideal, mas sua felicidade foi
total mesmo quando ela namorou um que trabalhava numa plataforma da Petrobrás: ele
ficava embarcado 20 dias, e como estava
embarcado, não tinha nada para contar mesmo. Ela me disse que nunca foi tão
feliz, com dia certo para estar totalmente solteira e dia certo para estar
acompanhada, digamos. Eu acredito, e acho essa uma fórmula maravilhosa para que
o amor seja eterno – e nem assim o dela foi.
O amor é bom quando começa, e é péssimo quando
termina, mesmo para aquele que está querendo ir embora. E nem sei o que é pior,
levar um fora ou dar um fora. Tão bom, nos tempos antigos, em que os noivados
eram terminados por carta; mas ficou combinado que o certo é falar
pessoalmente, olhos nos olhos, uma situação.
Homens e mulheres deixados, dos 15 anos aos cem
anos, na hora final pensam a mesma coisa: “Nunca mais vou arranjar outro(a)”.
Não adianta a beleza, o charme, a inteligência, quem é deixado acha sempre que
nunca mais. Apesar de tudo, quem leva
fora por mais que esteja sofrendo, tem algumas obrigações: não fazer
cara de triste, não esticar a conversa, não discutir a relação, o mesmo que
sejam quatro da manhã, dizer que tem hora no cabelereiro e sair rapidinho. Se o
outro quiser explicar, dizer: “Vai, mas não explica”. EXPLICAÇÃO NÃO RESOLVE
NADA. Para não prolongar o sofrimento dos dois – porque o que deixa também
sofre; pouco mas sofre -, deixe para chorar bastante na calçada se for o caso.
Se estiver doendo muito, vale lembrar de María
Félix, uma das mulheres mais lindas do mundo, que num belo documentário passado
na TV em sua homenagem, declarou que nunca sofreu por um homem, porque nessas
horas sempre pensou: “HAY OUTROS”.
Depois da separação, é importante que haja pra que
os novos solteiros voltem a se mostrar em público, já com os seus novos amores.
Apenas uma questão de delicadeza.
Como quem fala de amor fala também de paixão, ouvi
dizer que em alguns países existem clínicas para os que estão sofrendo dessa
doença, onde os apaixonados ficam internados até voltarem ao normal. Recomendo.
Fonte: É
tudo tão simples - Danuza