sábado, 11 de maio de 2013

FUGA


FUGA

Quando fujo de mim,
Saio em busca daquilo que falta.
Não quero assumir os sentimentos.
Saio sem rumo,
“Besourando” por aí...
Não quero olhar
Sei que é uma pirraça!
Se não olho, não sinto e não sofro;
Com isto, não me responsabilizo.
O sentimento de fuga
Cresce e me devora!
É como droga, vicia...
Nada preenche o vazio.
O sentimento e a dor
Precisam ser acolhidos,
Exclusivamente por mim.
Não quero um colapso
Nem uma overdose.
Então olho...
Vivo a dor,
Vivo o luto,
Vivo as maravilhas.
Se opto erroneamente ou não,
Sinto as consequências
Assumo a responsabilidade
Não transfiro a dor...
Não gosto do que vejo!
Talvez, seja o momento de ir...
- Outra fuga?
- Uma libertação ou uma aprovação?
Não sei ao certo.
O  momento é o de assumir.
Sei que não quero ver,
Encontro-me em um processo:
O de digestão emocional.
Vejo a dor,
Me responsabilizo e acolho.
Agora posso andar devagar
Dentro do meu tempo...
E assumo: AINDA NÃO QUERO AMAR...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza