FUGA
Quando fujo de mim,
Saio em busca daquilo que falta.Não quero assumir os sentimentos.
Saio sem rumo,
“Besourando” por aí...
Não quero olhar
Sei que é uma pirraça!
Se não olho, não sinto e não sofro;
Com isto, não me responsabilizo.
O sentimento de fuga
Cresce e me devora!
É como droga, vicia...
Nada preenche o vazio.
O sentimento e a dor
Precisam ser acolhidos,
Exclusivamente por mim.
Não quero um colapso
Nem uma overdose.
Então olho...
Vivo a dor,
Vivo o luto,
Vivo as maravilhas.
Se opto erroneamente ou não,
Sinto as consequências
Assumo a responsabilidade
Não transfiro a dor...
Não gosto do que vejo!
Talvez, seja o momento de ir...
- Outra fuga?
- Uma libertação ou uma aprovação?
Não sei ao certo.
O momento é o de assumir.
Sei que não quero ver,
Encontro-me em um processo:
O de digestão emocional.
Vejo a dor,
Me responsabilizo e acolho.
Agora posso andar devagar
Dentro do meu tempo...
E assumo: AINDA NÃO QUERO AMAR...
Por: Lucileyma Rocha Louzada
Carazza