segunda-feira, 29 de julho de 2013

RESSENTIMENTO




RESSENTIMENTO

Sinto a energia parada
Em silêncio constante
Tenho vontade de parar de respirar
O coração tolo aperta
A razão pacifica
O equilíbrio uma aprovação
Não é tristeza só quero parar de sentir
É inútil... Um “fritar” da alma
Tento todos os segundos
Abrir mão deste sentimento
Desta adrenalina que nunca foi...
Desta raiva branca que me cega os olhos
Estive de castigo por muito tempo
Renego a mim mesma
Mudar o padrão é um desejo
Abdico a intensidade
Da burrice da intelectualidade
Abro mão da sensibilidade.
Sinto atração por aquilo que nunca fui...
Ou se fui, estou com saudades...
Talvez, seja por isto, que amo tanto o mar...
Neste lugar sou eu mesma
Leve, livre, sem cobranças e negações.
Na verdade estou com saudades de mim
Já estive sozinha por muito tempo
Não quero me punir mais
Nada mais tira a minha felicidade
O meu silêncio é apenas o meu conforto
Uma espécie de oração
O meu porto seguro
Detesto ser comparada a uma “santa”
Estou cansada do título de “boazinha”
Cansei de sorrisos Mona Liza
Cansei de ser chata!
Não quero água benta
Quero banhar nas águas da Dona Beija

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza