quinta-feira, 14 de novembro de 2013

LIMITAÇÃO



LIMITAÇÃO

Tudo é como deveria ser. Relacionamentos integrais de fato são indigestos e o apego é a destruição do equilíbrio.

Se possuíssemos discernimento suficiente apenas para aceitar que tudo está como deveria ser. Que tudo aconteceu porque precisava acontecer, seriamos seres humanos dispostos e livres.

É que a sociedade nos pressiona e criamos máscaras, defesas, opiniões, armadilhas, e o pior: nos limitamos. Olha a loucura: culpar a sociedade e não responsabilizar por aquilo que de fato eu sou.

Dói muito sentir, que a minha dor foi eu mesma que criei. Quando a ficha caiu, não intelectualmente, mas sim, quando reagi com o coração; é que percebi o quanto sou torpe e tola. Porque gastei muita energia presa há um instante que não volta mais. Esta é a minha prisão. Estar presa em algum acontecimento do passado, ou do futuro, sem vivenciar o presente é criar expectativas não correspondidas, ou seja, uma frustração.

É ridículo descobrir que uma mulher livre em todos os aspectos, se aprisiona, sem uma prisão de fato, sem ter cometido crime algum...

Passei a me enxergar como uma pessoa bipolar. Porque eu tinha tudo para ser feliz e me apegava à tristeza. Eu queria porque queria estar triste custe o que custar. Fiz uma analogia e percebi que sou como o tempo. Onde nem todos os dias são de sol e nem todos os dias são de chuva e esta tudo bem assim.

É difícil dizer, praticar e viver em amorosidade. Vivenciar cada minuto com o coração, aceitar todas as conquistas, decepções e me responsabilizar por elas.

De vez e sempre me apego a um momento e quero revivê-lo sempre. Mas aquele momento foi apenas àquele instante e nunca mais será  o mesmo, independente do esforço aplicado para ter aquela sensação. Deixo de viver o resto do mundo em minha volta em virtude de uma fixação, porque criei uma expectativa de felicidade de um momento passado, e com isto, vivo melancólica, ressentida e sem experimentar outros momentos, que podem ser mais deliciosos, ou não. Olha o tamanho da burrice da pessoa.

Eu fui a maior sabotadora da minha vida, com atenuantes:  

Me obrigo a ser feliz e tenho a necessidade de tirar toda a sujeira dos meus olhos. Me proponho a quebrar todo orgulho, egoísmo e a inveja existente no meu ser. Me disponho a libertar todas as máscaras existente  em mim. Estou alerta a todos os espelhos e a tudo que o Mundo me proporciona. Me perdoo todos os dias, sinto gratidão e reverencio toda a caminhada.

Diante da perfeição ou da imperfeição, sou apenas um ser bipolar na luta constante de caminhar entre os meios, com  sede de VIDA e libertações.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza