quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CONSTELAÇÃO FAMILIAR




CONSTELAÇÃO FAMILIAR

Nesta estrada, neste mundo e neste momento...
Obrigatoriamente parei tudo ao meu redor,
Apenas fito um sentimento
Que precisa ser acolhido e transformado.
Não sei como realizar a proeza,
A energia é muito forte, intensa e RECÍPROCA!
Com a ajuda das “Deusas Sujas”,
Caminho sobre a grama, ao lado da floresta e ao luar,
Constelo, suspiro e reverencio.
Estou de fato perdida e nada mais me importa...
É que na Constelação estávamos entregues
A uma energia pacificadora e ludibriante.
No encontro de almas afins que se amam,
Se enamoram pelo olhar, que conversam por telepatia e em desdobramentos.
Esta energia que invade o meu ser é MARAVILHOSA,
Contagiante e nunca vivenciei tamanha plenitude,
Um sentimento tão puro, raro e nosso.
Por você abriria mão da minha vida
Para anoitecer e amanhecer sempre ao seu lado.
De volta a Terra vejo:
O quanto o materialismo nos arrasta, nos prejudica e nos contamina,
Assim como, todos os pecados capitais.
Sinto que existe ressentimento no meu coração,
Raiva, inveja, falta de compostura e histeria.
Definitivamente ainda não deixo fluir completamente...
Em um processo de digestão emocional,
Decido silenciar e me entregar,
Dedicar aos estudos, ao trabalho e a novas conquistas,
Quero assumir a escritora existente, conhecer lugares e pessoas.
Me afasto porque não quero ver o seu afastamento,
Não quero destruir esta dádiva por nossas diferenças de mundo!
Não quero que perca a admiração pela mulher que fui em sua vida!
Me afasto porque não quero ser MAIS uma amante em sua vida,
Porque eu sou a mulher da sua vida e de outras vidas também.
Quero resgatar a minha energia vital e voltar a ser livre de coração e alma,
Quero sentir apenas melancolia de saudades pelo MUITO que vivemos e viveremos.
Hoje tenho a resposta: NUNCA DEIXAREMOS DE NOS ENCONTRAR...
Somos duas almas milenares que sempre se encontram...

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza

CONSTELAÇÃO FAMILIAR é um método psicoterapêutico recente, com abordagem sistêmica fenomenológica, de fundo filosófico, desenvolvido pelo filósofo e psicoterapeuta alemão Bert Hellinger.
Hellinger desenvolveu seu método a partir de observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia familiar, dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos familiares ao longo de gerações.
Esse filósofo deparou-se com um fenômeno descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia Satir nos anos 70, quando esta trabalhava com o seu método das “esculturas familiares”: que uma pessoa estranha, convocada a representar um membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela.
Esse fenômeno, ainda muito pouco compreendido e explicado, já havia sido descrito anteriormente por Levy Moreno, criador do psicodrama. Algumas hipóteses têm sido levantadas também utilizando-se da teoria de evolução dos "campos morfogenéticos", formulada pelo biólogo britânico Rupert Sheldrake e apoiando-se em conceitos da Física Quântica como, por exemplo, a não localidade.
De posse de detalhadas observações sobre tal fenômeno, Hellinger adquiriu experiência e, baseado ainda na técnica descrita por Eric Berne e aprimorada por sua seguidora Fanita English de “análise de histórias”, descobriu que muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de seus clientes estavam ligadas a destinos de membros anteriores de seu grupo familiar.
Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e “consciencia pesada”, e propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido de algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios norteadores:
1 - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã
2 - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o receber nos relacionamentos
3 - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou clã
AS ORDENS DO AMOR SÃO FORÇAS DINÂMICAS E ARTICULADAS QUE ATUAM EM NOSSAS FAMÍLIAS OU RELACIONAMENTOS ÍNTIMOS. PERCEBEMOS A DESORDEM DESSAS FORÇAS SOB A FORMA DE SOFRIMENTO E DOENÇA. EM CONTRAPARTIDA, PERCEBEMOS SEU FLUXO HARMONIOSO COMO UMA SENSAÇÃO DE ESTAR BEM NO MUNDO.