CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Nesta estrada, neste mundo e neste momento...
Obrigatoriamente parei tudo ao meu redor,Apenas fito um sentimento
Que precisa ser acolhido e transformado.
Não sei como realizar a proeza,
A energia é muito forte, intensa e RECÍPROCA!
Com a ajuda das “Deusas Sujas”,
Caminho sobre a grama, ao lado da floresta e ao luar,
Constelo, suspiro e reverencio.
Estou de fato perdida e nada mais me importa...
É que na Constelação estávamos entregues
A uma energia pacificadora e ludibriante.
No encontro de almas afins que se amam,
Se enamoram pelo olhar, que conversam por telepatia e em desdobramentos.
Esta energia que invade o meu ser é MARAVILHOSA,
Contagiante e nunca vivenciei tamanha plenitude,
Um sentimento tão puro, raro e nosso.
Por você abriria mão da minha vida
Para anoitecer e amanhecer sempre ao seu lado.
De volta a Terra vejo:
O quanto o materialismo nos arrasta, nos prejudica e nos contamina,
Assim como, todos os pecados capitais.
Sinto que existe ressentimento no meu coração,
Raiva, inveja, falta de compostura e histeria.
Definitivamente ainda não deixo fluir completamente...
Em um processo de digestão emocional,
Decido silenciar e me entregar,
Dedicar aos estudos, ao trabalho e a novas conquistas,
Quero assumir a escritora existente, conhecer lugares e pessoas.
Me afasto porque não quero ver o seu afastamento,
Não quero destruir esta dádiva por nossas diferenças de mundo!
Não quero que perca a admiração pela mulher que fui em sua vida!
Me afasto porque não quero ser MAIS uma amante em sua vida,
Porque eu sou a mulher da sua vida e de outras vidas também.
Quero resgatar a minha energia vital e voltar a ser livre de coração e alma,
Quero sentir apenas melancolia de saudades pelo MUITO que vivemos e viveremos.
Hoje tenho a resposta: NUNCA DEIXAREMOS DE NOS ENCONTRAR...
Somos duas almas milenares que sempre se encontram...
Por: Lucileyma Rocha Louzada
Carazza
CONSTELAÇÃO
FAMILIAR é um método psicoterapêutico recente, com abordagem sistêmica
fenomenológica, de fundo filosófico, desenvolvido pelo filósofo e
psicoterapeuta alemão Bert Hellinger.
Hellinger desenvolveu seu método a partir de
observações empíricas, fundamentadas em diversas formas de psicoterapia
familiar, dos padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos
familiares ao longo de gerações.
Esse filósofo deparou-se com um fenômeno
descortinado pela psicoterapeuta americana Virginia
Satir nos anos 70, quando esta trabalhava com o seu método das
“esculturas familiares”: que uma pessoa estranha, convocada a representar um
membro da família, passa a se sentir exatamente como a pessoa a qual
representa, às vezes reproduzindo, de forma exata, sintomas físicos da pessoa a
qual representa, mesmo sem saber nada a respeito dela.
Esse fenômeno, ainda muito pouco compreendido e
explicado, já havia sido descrito anteriormente por Levy Moreno, criador do psicodrama.
Algumas hipóteses têm sido levantadas também utilizando-se da teoria de
evolução dos "campos morfogenéticos", formulada pelo biólogo
britânico Rupert Sheldrake e apoiando-se em conceitos da
Física Quântica como, por exemplo, a não localidade.
De posse de detalhadas observações sobre tal
fenômeno, Hellinger adquiriu experiência e, baseado ainda na técnica descrita
por Eric Berne
e aprimorada por sua seguidora Fanita English de “análise
de histórias”, descobriu que muitos problemas, dificuldades e mesmo doenças de
seus clientes estavam ligadas a destinos de membros anteriores de seu grupo
familiar.
Hellinger descobriu alguns pontos esclarecedores
sobre a dinâmica da sensação de “consciência leve” e “consciencia pesada”, e
propôs uma “consciência de clã” (por ele também chamada de “alma”-- no sentido
de algo que dá movimento , que “anima”), que se norteia por “ordens” arcaicas
simples, que ele denominou de “ordens do amor”, e demonstrou a forma como essa
consciência nos enreda inconscientemente na repetição do destino de outros
membros do grupo familiar. Essas ordens do amor referem-se a três princípios
norteadores:
1 - a necessidade de pertencer ao grupo ou clã
2 - a necessidade de equilíbrio entre o dar e o
receber nos relacionamentos
3 - a necessidade de hierarquia dentro do grupo ou
clã
AS ORDENS DO AMOR SÃO FORÇAS DINÂMICAS E
ARTICULADAS QUE ATUAM EM NOSSAS FAMÍLIAS OU RELACIONAMENTOS ÍNTIMOS. PERCEBEMOS
A DESORDEM DESSAS FORÇAS SOB A FORMA DE SOFRIMENTO E DOENÇA. EM CONTRAPARTIDA,
PERCEBEMOS SEU FLUXO HARMONIOSO COMO UMA SENSAÇÃO DE ESTAR BEM NO MUNDO.