quarta-feira, 30 de abril de 2014

CONGELADA


CONGELADA

Presa em nebulosidades e expiações
Onde a palavra não condiz com a atitude
Projeções inacabáveis de uma paixão sem fim
Sinto que é apenas a melancolia
Que ressurge mais forte que nunca
Perco os sentidos e não sei ao certo
Sinto muito frio e nada me aquece
É um estado físico e emocional
Suporto as dores de uma alma milenar
O cansaço consome e ainda pirraço
Me machuca sacrificar e quero desistir
Decido lutar e movo com dificuldades
Me sinto pequena e desprotegida
Estou congelada e suplico por ajuda
Mais nada me conforta, pois, a atitude cabe a mim.
Essa “vibe” é apenas minha, estou nessa sozinha
Quero sair daqui de encontro à paz de espírito
Me rendo aos sentimentos
Respeitando a minha integridade
As memórias não desaparecerão
E tornar-se-ão apenas histórias e parábolas
O tempo é a certeza de que tudo passa
E nada é incidental ou estático
É apenas uma ilusão do meu congelamento
Restabelecerei a luz e aquecerei o coração
Tudo depende exclusivamente de mim
Caminharei calma e serena
Confio no Universo e nas sementes que semeio
Me entrego à carência e distribuo afetos
Porque definitivamente:
“É dando que se recebe”.


Por: Lucileyma Carazza