CONGELADA
Presa
em nebulosidades e expiações
Onde a
palavra não condiz com a atitude
Projeções
inacabáveis de uma paixão sem fim
Sinto
que é apenas a melancolia
Que
ressurge mais forte que nunca
Perco
os sentidos e não sei ao certo
Sinto
muito frio e nada me aquece
É um
estado físico e emocional
Suporto
as dores de uma alma milenar
O
cansaço consome e ainda pirraço
Me
machuca sacrificar e quero desistir
Decido
lutar e movo com dificuldades
Me
sinto pequena e desprotegida
Estou
congelada e suplico por ajuda
Mais
nada me conforta, pois, a atitude cabe a mim.
Essa
“vibe” é apenas minha, estou nessa sozinha
Quero
sair daqui de encontro à paz de espírito
Me
rendo aos sentimentos
Respeitando
a minha integridade
As
memórias não desaparecerão
E tornar-se-ão
apenas histórias e parábolas
O
tempo é a certeza de que tudo passa
E nada
é incidental ou estático
É
apenas uma ilusão do meu congelamento
Restabelecerei
a luz e aquecerei o coração
Tudo
depende exclusivamente de mim
Caminharei
calma e serena
Confio
no Universo e nas sementes que semeio
Me
entrego à carência e distribuo afetos
Porque
definitivamente:
“É
dando que se recebe”.
Por: Lucileyma Carazza