quarta-feira, 11 de junho de 2014

VIDA


VIDA

Contemplo o luar
Na madrugada fria de inverno
Viajo em constelações
Agradeço todas as oportunidades
Acendo velas para amores e sonhos
Adormeço enrolada em terços da libertação
Incontrolável e livre estou
Entregue às surpresas do Universo
A amorosidade me conduz
Sinto a falta de um amor sem fim
Talvez seja apenas uma ilusão
Um enrolar do ego
Mas creio e sinto que é real
Estou enamorada por meus instintos
Tudo é perfeito e mágico aos meus olhos
Não existem prisões e teorias
É apenas o sentir e fluir
Aprendi a amar sem controlar
Sem exigir e pirraçar
Sinto falta e a tristeza não me pertence
É apenas a saudade me visitando
A grande busca não preenche mais
As escrituras são sábias se vivenciadas
A compreensão intelectual é apenas uma regressão
Revelo um segredo: se permita sentir
Neste estágio constante de aceitação,
O silêncio e a solitude transformam
Uma incógnita finita e simples
Que retribuo com um sorriso generoso e discreto
Sinto a conspiração
Estou entregue, plena, livre e no presente
Vivo intensamente e acredito
Não existe a preocupação em seduzir
Surge o desejo de afixar raízes e conquistar
Estou curada, rejuvenescida e forte
De joelhos me curvo e reverencio a vida
E que seja feita a vossa vontade.


Por: Lucileyma Carazza