quarta-feira, 2 de julho de 2014

Fabio Chap



Lembra daqueles dias de domingo? Eu te acordava com aquele fogo; o amor durava a manhã inteira. Depois vinha o almoço, nosso vinho e, novamente, nossa cama.

As 16h20 a gente acendia, se olhava e se amava outra e outra vez. Eu entrava dentro de você, sentia sua temperatura e seu beijo. Sua saliva guiava meu desejo.

Mas e hoje?

Hoje não ouço sua respiração. Você não deita no meu peito, nem segura minha mão. Hoje não ouço você dizendo besteiras no meu ouvido. Hoje, sem você, confesso:

Pouca coisa faz sentido.

Fábio Chap


(FA)