quinta-feira, 10 de julho de 2014

SABER AMAR E SABER DEIXAR ALGUÉM TE AMAR


SABER AMAR E SABER DEIXAR ALGUÉM TE AMAR
Posted on 10/07/2014 by Paula Jácome

Saber amar… E saber deixar alguém te amar… Saber beijar, ser abraçado, saber falar e ouvir, saber o que quer, saber dizer o que precisa, se deixar cuidar, fazer o necessário pra que a vida seja boa. Saber estar a toa com alguém ao lado, ser livre com alguém ao lado. Ter prazer consigo mesmo, é ter prazer com o alguém ao lado.

Se permitir ser você mesmo com alguém ao lado, cuidar de si mesmo, mesmo com alguém ao lado. Ser livre e grudado. Ter coragem de estar inteiro e com você quando se está com alguém ao lado, compartilhando a vida. Saber dizer não, eu quero, eu detesto, saber pedir o que necessito, sem exigir. Se respeitar e respeitar o espaço do outro.

Ter coragem de dormir melado, ou pelado, de cantar desafinado, de acordar com a boca fedendo, de mostrar suas loucuras, seus ciúmes, suas doçuras, suas impurezas e brancuras, pra esse alguém, ao nosso lado. Liberdade de errar, vontade de contar, às vezes de esgoelar… Mas não se mutilar por ninguém, não criar expectativas a respeito de ninguém. Não matar o seu amor, não se matar pelo seu amor.

Limites são necessários, carinho é necessário, atenção, dedicação, cheiro, informação, coração, comprometimento, individualidade, desejo, sensações. Gostar de estar junto, é indispensável.

Às vezes a gente inventa alguém na nossa cabeça pra se relacionar. Tantas e tamanhas são as expectativas que temos a respeito da pessoa que está conosco e, pasmem, nos frustramos quando essas ideias loucas e irreais que criamos dentro das nossas cabecinhas criativas não acontecem. E, pior! Criamos uma pessoa que não somos pra estar ao lado de alguém, tipo, cortamos o nosso braço, deixamos de fazer o que gostamos, fazemos um monte de coisas que não queremos, pra tentar ficar com alguém. Damos tantas vezes o melhor de nós sem receber quase nada em troca… Fazemos de tudo pra não sermos abandonados.

E isso não tem nada a ver com ninguém. Essa sensação de estarmos sendo abandonados não tem nada a ver com ninguém. Tem a ver conosco mesmo, com o nosso medo, nossa falta de confiança, com não acreditarmos realmente que merecemos ser amados. Porque às vezes, a gente acha, só as vezes, que devíamos ser perfeitos ou lindos ou os mais bondosos ou os mais eficientes, ou OS CARAS, pra merecermos ser amados. Mas a verdade, é que somos amados por nada. O amor de verdade acontece no vazio, quando estamos parados, sendo só a gente mesmo, sem tentar nada, sem olhar pra fora, sem esforço nenhum. O amor acontece do nada, por nada, e não tem explicação. Até porque, não foi feito pra ser explicado, mas vivido e desfrutado.