ANESTESIADA
Sempre
envolta
Em
pensamentos
Movimentos
e amorosidades
Havia
uma zona de conforto
Almejada
e alcançada
E
a insegurança de estar vivendo um “fake”
É
que a tal da felicidade
É
viciante
E
me apaguei a ela (com unhas de onça)
Surge
o desconforto
Que
aperta o peito
E
me faz desejar e sonhar
Me
comparo e me perco
Me
mutilo em lágrimas
E
a dor reina na alma
Abusada
a “persona non grata”
Chega
achando-se a tal
E
por horas me flagelo
Só
por hoje
Só
por esta noite
Só
neste momento
Porque
nasci para ser livre
Amar
incondicionalmente
E
para ser feliz acima de tudo
Nada
que me mantenha na infelicidade
Pode
ser encarada como uma normalidade
Olho
para a dor, reconecto, me acolho e recomeço.
Saio
do desconforto
De
querer algum benefício com a tristeza...
É
hora de parar de sofrer e de perder tempo
É
hora de dançar um “pas-de-deux”
Vestir
o meu melhor vestido,
Passar um perfume e o meu velho batom vermelho
Enfrentar
a vida com um sorriso
Gritante
na face (mesmo que forçado)
Porque
ela merece ser reverenciada
Toda
dor me leva a um aprendizado
Que
me faz ver e rever padrões enraizados
Mazelas
de um ego que sempre me “fode”
Estou
cansada e exausta
Sinto
muito
Quero
reverter o padrão
Voltar
para a luz
Vivenciar
minhas loucuras
E
viver amorosidades
Sendo
grata
Vivendo
com compaixão
Em
equanimidade
Por: Lucileyma
Carazza