ATRASADA
Me
mutilo em sentimentos
Nesta
angustia que insisti em ficar
A
glote fecha e fica rarefeita
E
lágrimas fogem de mim,
O
corpo prostra como carne dada aos vermes
Não
é por falta de amor,
Ou
talvez, seja pela falta de amor próprio.
O
desejo de lutar e conquistar
A
vontade de desistir e libertar
Existe
o cansaço...
Quem
sabe se me exaurir em dor
Me
liberto deste sentimento...
Dessa
dor que insiste em assombrar!
É
apenas a frustração de querer ser acolhida,
De
ter um colo para colocar a cabeça,
De
poder fazer-se de coitada,
De
surtar sem julgamentos ou culpa
De
poder ser frágil e sensível
E
de dar boas gargalhadas sobre toda a situação.
É
apenas esta vontade louca
De
querer amar e ser amada.
Um
fantasma de um ego
Que
luta para manter-se sóbrio e digno.
Estou
falando dessa dor infantil que insisto em me causar...
Vire
e mexe caio neste buraco
Que
nunca será suprido
Por
ser a dor de uma alma milenar
O
karma de várias vidas...
Curvo
diante da minha insignificância
Acolho
esse sentimento infantil
Dessa
pirraça torpe que me leva para longe de mim...
Olho
para a mulher que me tornei
São
tantas cicatrizes
Vivo
o luto de uma guerra
Que
a mim pertence
Na
esperança de renascer mais forte,
Mais
louca, mais leve e muito mais livre!
Com
a inspiração de viver amorosidades
Em
um lugar onde prevaleça
A
minha essência doce e selvagem
Em
que posso transcender em gratidão.
Por: Lucileyma
Carazza