quarta-feira, 9 de setembro de 2015


Eu não queria que tivesse sido assim. Eu não queria. Sei lá. Que agonia desgraçada. Por um detalhe, por um mísero detalhe quebramos o elo. Por um singelo desencontro de corações. Por um momento achei que estava louco. Perdido de tudo. Aff. Eu queria é ficar mudo, mas não dá, porra. Não dá pra não pensar. Não gritar. Sim, meu grito é isso aqui. É essa palavra. Essa também. Não sou do tipo zen. Nunca fui. Devo ser parente do Cazuza. Exagero, sim. Venero, sim. Corro e me perco, sim. Te perco. Não. Não acredito que te perdi. Aliás, não vou comprar essa culpa, não. Você que me perdeu. Não acredito que mais uma vez me vi nessa posição. O mundão tá cheio dessa gente que não perde nada. Que é só marketing, vitória e piada. Aqui não funciona assim. Minha vida não é bala de cetim. É bala que fere, que rasga, que mata. É, eu realmente não sei o que fazer quando nos imagino intensos pelos cantos. Não entendo de sós, só de tantos. Olha, nem era pra eu escrever isso. Não era pra eu contar pra ninguém. Mas contei pra um amigo. Ele sabe muito de mim e com alguém eu precisava dividir o que senti. Ah, que maravilha o que vivi no meio daquelas gargalhadas. Minha alma não estava preparada pra sua chegada; o que dirá pra sua partida. Algum idiota me falou que é assim. Assim que é a vida.

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[fábio chap]