A
culpa é parte da mente egocêntrica; ela não é espiritual. As religiões a
exploram, mas ela nada tem a ver com espiritualidade. A culpa simplesmente lhe
diz que você poderia ter feito diferente.
Trata-se
de um sentimento do ego, como se você não fosse impotente, como se tudo
estivesse em suas mãos.
Nada
está em suas mãos. Você próprio não está em suas mãos. As coisas estão
acontecendo, nada está sendo feito. Uma vez entendido isso, a culpa desaparece.
(...)
A
culpa lhe dá uma noção errada de que você é poderoso, de que você é capaz de
fazer tudo. A culpa é a sombra do ego: você não podia mudar a situação e está
se sentindo culpado a respeito. Se você a investigar profundamente, perceberá
que você era incapaz, e toda a experiência o ajudará a se tornar menos
egocêntrico.
Se
você ficar observando o formato que as coisas tomam, as formas que surgem e os
acontecimentos que se desenrolam, aos poucos abandonará o seu ego. O amor
acontece – a separação também. Nada podemos fazer a esse respeito. Isso é o que
chamo de uma atitude espiritual: quando você entende que nada pode ser feito,
quando entende que você é apenas uma minúscula parte de uma tremenda vastidão.
- Osho -