AMA O TEU RUIM COMO
A TI MESMO
A
inspiração não me cabe
Perambulo
pelas trevas
Para
ir de encontro à luz
Talvez
seja esta veia poética
Clamando
por novidade
Ou
suplicando dignidade
Devo
limpar o lampião
A
luz está fraca
Resíduos
poluentes infectam
Há
algo errado
Oscilante
em polos
Onde
degenero e reintegro
É
que vivo em um mundo
Onde
nem sempre conseguimos apenas SER
Pois
somos decapitados pelo ego
E
nesta ilusão egóica
Reconectamos
Para
tornarmos resilientes...
As
trevas me mostram
Que
estive longe de mim
Dessa
essência primitiva e livre
Talvez
seja a influência da primavera
Que
sempre me remete ao renascimento
Mas
pela primeira vez, vejo que não...
É
o integrar de um padrão
O
amadurecimento de uma postura
E
o enraizar de uma vida...
Por: Lucileyma
Carazza
“"Um
dos pilares da ética e do humanismo no Ocidente é a frase bíblica "ama teu
próximo como a ti mesmo". Central para o monoteísmo ético-judaico e
fundadora para o cristianismo (...) traduzida popularmente como "não faça
aos outros o que não queres que façam a ti", essa frase é a origem do
direito e das conquistas de cidadania que se consagraram no Ocidente.
Há
um aspecto dessa frase, entretanto, que me parece particularmente importante
diante dos desafios de nossos tempos. Trata-se da possibilidade de ler, no
hebraico original, em vez de "próximo", uma outra palavra de grafia
idêntica e cujo significado é "ruim". A frase se leria então:
"Ama o teu ruim como a ti mesmo".
(...)
"Um
homem completo, no entanto, sabe que seu mais feroz inimigo, não um só, mas um
bom número deles, não chega aos pés daquele terrível adversário, ou seja,
aquele "outro" que habita em seu seio.(...) Todo consciente procura, talvez sem perceber, o seu oposto
inconsciente, sem o qual está condenado à estagnação, à obstrução ou à
petrificação. É no oposto que se acende a chama da vida".” Jung