quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

ENSAIO SOBRE O MEDO E A RAIVA!



ENSAIO SOBRE O MEDO E A RAIVA!

Nós não estamos dando conta de esvaziar nossos corações da raiva e do medo, não conseguimos sair da caixa furada onde recebemos apenas o oxigênio necessário para a não morte, ao invés de sairmos para respirar tudo o que merecemos, preenchendo nossos pulmões do mais puro ar da liberdade da paz interior.

Não raiva é paz, não medo é plenitude.

Não sentir raiva ou medo e permitir ver além dos olhos físicos, da mente estagnada e corroída e enxergar a beleza de cada ser e do desabrochar de cada flor nós corações 

Quando há a possibilidade de usar a lente do amor, há ainda a resistência e a palavra "luta" "batalha" "combate" vêm à tona e todos os sentidos pacificadores são adormecidos e os olhos preferem a visão já conhecida, a cor cinza toma conta do peito....

Todos queremos e vendemos a idéia de paz e harmonia, mas quando a água da sutileza, da unidade e da calmaria bate na bunda e nos tira os pés do chão forçando nossas pernas a se movimentarem fica claro que muitos de nós ainda preferem se afogar a tornar o esforço compensador e transformador. Alguns poucos passos nos levariam ao céu de nossa alma, apaziguando nossos medos, angústias, dores profundas....olhamos o abismo e cada vez que dizemos não à paz, permitimos que o abismo nos olhe de volta com um sorriso sarcástico de quem vence. O abismo nos consome e novamente escolhemos a escuridão da raiva e do medo ao nascer de um dia que teria tudo para ser perfumado.

Retiramos as pétalas de nossas rosas internas, mas permitimos que os espinhos fiquem e se fortaleçam.....espetando nossos corações e fazendo com que a dor das lembranças, que são apenas isso, lembranças.... fiquem e pisoteiem nosso espírito que fica cada vez mais angustiado, triste, melancólico e se afunde no barro das ilusões. Sim ilusões, porque tudo o que temos é nosso momento presente e nesse aqui e agora estamos com nossas mochilas pesadas de pedras passadas que GOSTAMOS de carregar, pois nós tornamos vítimas. Sair disso requer coragem de abandonar as pedras e nos tornar responsáveis por nós mesmos, nossa jornada e felicidade. Abandonar as pedras significa parar de culpar o mundo, parar de achar que tudo é "culpa" de espíritos obsessores, de inimigos que nos desejam mal, de seres de outros mundos e outras frequências e compreender que cada vibração densa nossa tem capacidade de criar nossos próprios algozes espirituais, nossas formas pensamentos materializadas. E ainda que haja seres frequênciais de diferentes vibrações, nós atraímos e entramos na mesma onda. Portanto....somos responsáveis por nossa caminhada e por cada escolha que fazemos durante nossa jornada.

Temos todas as oportunidades do mundo para mudar. O universo nos envia mensagens, pessoas, situações o tempo todo como auxílio para nossas mudanças, como candeeiro para iluminar nossos passos, mas precisamos estar atentos, olhando para o aqui, não para o passado, não para o futuro, mas para o AGORA, e como disse uma mulher/mestre: a Deusa Oportunidade tem cabelos longos e todos voltados para frente, se estamos distraídos, quando ela passar....os cabelos foram primeiro e a oportunidade foi junto.

Estarmos atendo é vermos os cabelos chegando, enxergar a possibilidade do presente, agarrar os cabelos e ser Feliz!

Para sermos felizes, precisamos agarrar a oportunidade de mudar de foco, de prisma, de horizontes....e permitir transmutar o ódio em paz, afinal somente a paz constrói....o medo destrói todo e qualquer sonho.....e sem eles, a realidade não se manifesta. Abandonar o medo é permitir que a cura se faça. Será que temos a real compreensão que nos alimentamos com o ódio sendo um dos temperos de nossas refeições?

Será que conseguimos ver que o medo apóia nossas cabeças em travesseiros embolorados em noites insones?

Será que percebemos que ao abraçamos as pessoas nosso ódio é emanado e somos responsáveis por isso?

Somos a doença e a cura, a paz e a guerra, a plenitude e a falta, a serenidade e a angústia, somos a escolha inclusive do que deixar de ser....abandonar nossas auto importâncias e apenas permitir que as asas da liberdade que apenas o amor pode tecer, se abra sobre nossas costas tornando a vida mais leve.

Desejo por todas nossas relações, que o amor se faça....e floresça em nossos peitos, qual lótus que se abre no lodo.


Rose Kareemi Ponce