quarta-feira, 16 de maio de 2018

SEDE



SEDE

Talvez o ato não seja apropriado...
Muitas das vezes o que enxergamos,
Não é o que pensamos
E sim, o que sentimos.

Somos nossas escolhas e padrões
Não adianta ficar no cérebro
Pois, os nossos corações
Nos entregam...

Podemos ser uma fração
De sexo casual ou amor fraternal...
Podemos amar vários
E permanecer fiel...

Somos espelhos e projeções
Enraizados em máscaras do ego;
Que nos levam para longe de nós
Nos tornando zumbis de nós mesmos

Talvez seja a minha veia poética
Aprisionada em falácias
Justificando o injustificável,
Ou apenas a minha falta de assunto.

Prisioneiros de nossas escolhas
Tendo que sustentar o que não somos
Por não suportar quem somos
Nesse emaranhado de livres arbítrios.

Não sou quem você sonha
Nem você o ideal de um amor
Perdidos em uma madrugada qualquer
Entrelaçados e bêbados.

Não vou me abater
Escolhemos o racional
Vivenciamos o instinto
Mas precisamos acionar o emocional

Nessa tríade fica a lembrança
O perdão dos pecados
Não seremos algozes de nos mesmos...
Seremos o recomeço.

O resgate de quem somos
O perdão do que fomos
Nos libertando da culpa
Reconectando o sagrado.

Por: Lucileyma Carazza