domingo, 31 de março de 2013

SUJEIRA DOS OLHOS




SUJEIRA DOS OLHOS
 
Sentir melancolia é viver no passado,
Ansiedade é viver no futuro,
Medo é desejo,
Pena é desprezo,
Compaixão é amor,
Caminhar sozinho não é solidão,
Lar não é uma casa,
Conhecimento não é sabedoria,
Assim como tranquilidade não é descanso.
Respirar significa conhecer nossas emoções,
Que em contato com a dor,
Paramos de sentir...
Interrompemos a respiração, prendendo-a,
Sufocando o luto...
Asma é o choro seco da alma,
É a pirraça do adulto.
Assim como a birra é o reconhecimento do fracasso.
Não consigo é não querer.
A emoção apaixonada é sempre Burra.
E o romântico é uma espécie em extinção.
Concordo plenamente que é preciso enlouquecer,
Para recuperar a sanidade!
De fato o amor é um envolvimento,
Que nos devolve a nós mesmos...
É preciso coragem para olhar,
Para dentro de nós...
Precisamos esvaziar,
Varrer, limpar e cozinhar são exercícios essenciais.
MUDE O PADRÃO!
As emoções não podem assumir o controle,
O ego é a nossa ruína.
A “lei da afinidade” um soco no olho.
A exclusão é o exercício obrigatório e legal da democracia.
Limpe a sujeira dos olhos,
Porque nem tudo que se vê é real.
A raiva cega branca uma chaga,
Transformada em poesia.

Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza