quinta-feira, 4 de abril de 2013

Bipolaridade social – chique ou metida a besta?



Bipolaridade social – chique ou metida a besta?

É, a vida é assim…
 
Se você escreve uma frase linda na internet, alguns vão te achar metido, outros vão te achar um gênio.
 
Se você corre pra ajudar alguém, uns vão pensar que você é muito generoso, outros, invasivo.
 
Se usa um vestido mais curto-colante, tem gente que vai dizer que você é ousada-confiante. Muita gente, piriguete.
 
Se toma uma cervejinha pra relaxar na terça-feira, é um irresponsável ou sabe aproveitar a vida.
 
Se abre mão de um emprego público é corajosa DEMAIS ou louca varrida.
 
Se trabalha o dia inteiro e cuida menos da casa, do gato e do cachorro, pode ser para uns independente, para outros, desleixada!
 
Se eu vou me casar, um tantão de gente vai exclamar:
 
- Que lindo!!!
 
O meu sogro vai te perguntar:
 
- Você tem certeza? Existe vida após o casamento?
 
Se você arrisca tudo num sonho, ou é brilhante, ou um idiota. Aqui, depende muito de se o que você acaba de fazer está dando certo ou errado, respectivamente.
 
Se demonstra amor, pode ser a pessoa mais legal ou um chato carente, tudo espelhado demais nas referências com que foi criado.
Se é um sucesso profissional, podem dizer que não é feliz… Ou, simplesmente, te admirar… Depende aqui do tanto de inveja que têm… Ou que provoca?
 
É tudo muito relativo e ontologicamente oposto.. Fui inteligente ou exibida agora?
 
Se você mantém tudo muito organizado, pode ter transtorno obsessivo compulsivo. Ou, vou dizer com honestidade, me causar muito orgulho. Porque eu não consigo fazer isso…
 
Agora, se deixa alguma bagunça nas vistas dos amigos, dos tios, dos sobrinhos, da mãe, da sogra… Pode ter se tornado um acumulador, cuidado! Ou ser capaz de, nesse mundo caótico, deitar pra ver um filme no sábado de tarde e só levantar na segunda pela manhã. Depressão? Viver bem?
 
Se diz o que pensa é arrogante ou confiante? Quando guarda dinheiro, pode estar sendo cauteloso ou pão duro. Quando gasta muito dinheiro é gente boa ou um playboy-tremendão (isso denigre ou elogia?).
 
Se é carinhoso com a família, uns engraçadinhos vão te chamar de filhinho do papai, ou da mamãe ou camisolão. Caso não o faça, é um cafajeste.
 
Um homem vaidoso pode ser xingado ou elogiado de metrossexual. O oposto disso, é muito macho ou porco chovinista.
 
Quando faz muitas coisas ao mesmo tempo é motivo de orgulho da mamãe ou desfocado?
 
Se é escritor, ator, pintor, músico, vão dizer por aí que não quer trabalhar, certamente. Mas também vão agradecer à contribuição que prestou à muitos e muitos corações.
 
Conclusão:
A gente precisa conhecer mais os outros antes de falar.
Dúvida cruel:
Vale à pena mesmo deixar de fazer o que quer por causa da opinião dos outros? Isso REALMENTE faz algum sentido?
A vida é assim, do jeito que a gente quer. As pessoas que não têm peito de ser elas mesmas, ficam tentando conter, à todo custo, aqueles que têm. Bom mesmo é ser ridículo, se aceitar assim. O mundo à nossa volta não é espelho. A cara, o pensamento, o julgamento, a inveja, o medo, a culpa dos outros não deveria servir pra determinar a nossa vida, porque ela, a nossa vida, é NOSSA!
 
(Com participação especial de Carolina Lana e Lela Neves)

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