INSTINTO II
Sou um
ser visceral,
Se não
sentir emoções me esfalfado!Foi assim que meu ego aprendeu
A me defender e me fazer buscar sabedoria.
Converso com bichos, com a natureza
E vivencio a magnitude da Mãe Natureza.
Sou uma fêmea aguçada em instintos,
Vivendo os cilos da vida com os ciclos da Lua!
Na infância tive um professor
Que me ensinou a caminhar no barro,
A olhar para o céu e prever o tempo,
A reverenciar Deus fora de templos.
Ele me mostrou que as energias são sagradas
E que mulheres são seres divinos
E que o meio-ambiente equilibrado é vida PLENA.
Quando observo a natureza selvagem, me educo.
Os animais são territorialistas, sobreviventes,
Caçadores que vivem em um ambiente primitivo,
Em um eco-sistema divinamente equilibrado.
Possuem uma energia vital de afeto e compaixão.
São irracionais repletos de racionalidade,
Prefiro dizer: são seres de corações puros.
Quando me tornei adulta, perdi o contato de mim mesma.
Me tornei uma zumbi entre humanos
E enxergava exclusivamente as trevas,
Queria morrer ou ser abduzida.
E morri! Ressuscitei no terceiro dia,
Com desejo de vida plena e liberdade.
Resgatei a minha mulher selvagem
E grito para os quatro cantos do mundo sempre:
Não sou um jardim! Sou uma floresta virgem!
Por: Lucileyma Rocha Louzada Carazza
