sexta-feira, 25 de abril de 2014

PINGOS

PINGOS

Madrugada cinzenta
Sem o canto dos pássaros matinal
Temporal avança ao alvorecer
A mente mergulha em nebulosidades
O choro compulsivo consome
É um clamar da alma
O vômito da pirraça do ego
A loucura de palavras inconsequentes
Da dor existente em virtude do apego
Das ilusões que exclusivamente criei
A tristeza e a carência que roubam energia
Da constatação do fracasso
Daquilo que nunca existiu.
A falta de amor dói, assim como, amar...
Rogo tranquilidade de espírito,
Liberto o meu coração da dor
Abdico este ciclo vicioso que criei...
É apenas uma manhã triste
E congelada de inverno
Que fui sugada pela minha benevolência.
Reverencio a constatação da morte
O luto se desfará nas águas da enxurrada
No seu respectivo tempo.
De toda tempestade surge o renascimento,
Os pássaros voltam a cantar e o sol a brilhar.
Sou a Mulher responsável pelo meu destino
Em fase de construção em contato com a solitude
Não desistirei do amor!
Respiro, suspiro e deixo fluir
Meu objetivo é a felicidade real
E sei que encontrarei na trajetória obstáculos.
Desapego de todo ressentimento
De todos os sonhos inalcançáveis de toda paralisação...
Sinto a brisa e solto um sorriso
Estou enamorada com a vida
Onde o esplendor do Universo me guia


Por: Lucileyma Carazza