PINGOS
Madrugada
cinzenta
Sem o
canto dos pássaros matinal
Temporal
avança ao alvorecer
A
mente mergulha em nebulosidades
O choro
compulsivo consome
É um
clamar da alma
O
vômito da pirraça do ego
A
loucura de palavras inconsequentes
Da dor
existente em virtude do apego
Das
ilusões que exclusivamente criei
A
tristeza e a carência que roubam energia
Da
constatação do fracasso
Daquilo
que nunca existiu.
A
falta de amor dói, assim como, amar...
Rogo
tranquilidade de espírito,
Liberto
o meu coração da dor
Abdico
este ciclo vicioso que criei...
É
apenas uma manhã triste
E congelada
de inverno
Que fui
sugada pela minha benevolência.
Reverencio
a constatação da morte
O luto
se desfará nas águas da enxurrada
No seu
respectivo tempo.
De toda
tempestade surge o renascimento,
Os
pássaros voltam a cantar e o sol a brilhar.
Sou a
Mulher responsável pelo meu destino
Em
fase de construção em contato com a solitude
Não
desistirei do amor!
Respiro,
suspiro e deixo fluir
Meu
objetivo é a felicidade real
E sei
que encontrarei na trajetória obstáculos.
Desapego
de todo ressentimento
De
todos os sonhos inalcançáveis de toda paralisação...
Sinto a
brisa e solto um sorriso
Estou
enamorada com a vida
Onde o
esplendor do Universo me guia
Por: Lucileyma Carazza