Calada,
CADELA! Tá na minha cama, agora já era. Não vai ser a dama que a sociedade
espera.
Ajoelhada,
mão pra trás. Bem comportadinha ou vai saber que minha roupa só desce com quem
obedece. Abre a boca que hoje cê vai ser a louca que te impediram no passado.
Vai sentir o gosto do pecado e do maltrato. Aliás, bom trato. Porque tapa na
cara é privilégio pra mina rara: as que não deixam nenhum caraagir como moça e
dizem: 'se é pra alisar, vai alisar a louça.'
Pra
orgasmo não tem licença, te abro as pernas, puxo o cabelo, faço um puteiro na
sua vida. O que me excita é tua marca, teu vermelho, seu cabelo dando duas
voltas na minha mão. O chão tá molhado e o culpado sou eu. Quem te fodeu a
noite inteira é que suou, porque o que pinga de você eu passo a língua. Não
sobra gota. Não sobra roupa. Só grito, gemido e um sentimento compartilhado:
Que foda deliciosa.
Calcinha
rasgada e os caralho. Buceta na cara, tapa na cara, porra na cara. Tudo na
cara, menos a vergonha. Ainda bem. E não tem ninguém pra vir dizer: 'Essa
mulher não presta. Dá pra todos da festa.'
Porque
aí eu apaixono.
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[fábio chap]