segunda-feira, 5 de maio de 2014

Eu fui lá.

Eu fui lá. No caminho eu ouvi a nossa música. Cheguei; pedi a cerveja. Te esperei. Pedi outra cerveja. Perguntei ao garçom por você, se alguma mulher de jaqueta marrom passou ali. Ele disse que não. Entendeu minha dor. Já viu muitos olhares doloridos como aquele que eu sustentava. Na hora seguinte eu pedi whisky. Decidi que não voltaria são pra casa. Você havia jogado no lixo o que me restava de sanidade. Então bebi. E me afoguei ali. A música do bar doía. O whisky doía. A vida doía. Não sei como cheguei em casa, mas estou aqui. Minha ressaca é tua. Minha alma, crua, te põe pra fora pela garganta. Meu coração, que era teu, agora não existe. Meu sentimento já não insiste: sabe que você é sinônimo de dor. Acabou sua festa no meu peito. Tua droga em mim já não terá efeito.

**

[fábio chap]