Estacionei
meus olhos no mar
Reconheci
distâncias,
E
minha vontade de ficar.
Fiz
casa onde ninguém quis pousar,
E
detonei uma guerra linear.
Levantei
bandeiras sobre amores e revoluções,
Queimei
navios, borbulhei vulcões.
Revi
conceitos, contei enganos,
Fundi
ideias, guardei segredos.
Fui
água enquanto ardia
Queimei
quando chovia
Fui
vento quando vazia
Fui
até noite quando era dia.
Em
meio a tempestades e naufrágios,
Nadei
sem eira,
Catei
conchas,
Ouvi
presságios.
Acendi
fogueiras
Para
o passado que não passou
Nem
passa.
Segue
junto com meu agora:
Vidraça.
Mas
o futuro certeiro e presente
Anda
sagaz e inteiro,
Faceiro
Em
minha frente.
Juliana
Cordeiro