terça-feira, 3 de junho de 2025

Valhalla

 


 Valhalla

 

Sem métrica e sem rima

Abafei diversos dons

Talvez seja apenas o álcool

Manifestando em minha mente louca

Não gosto deste dom: o da escrita.

É o que mais me consome

Transmite o meu total desequilíbrio

Minha mente vagueia em um mundo paralelo.

Sendo a louca libertina

A justiça estandarte...

A abertura do inconsciente

Não dá para fugir do que somos:

Sou mau vista, infame e malquista...

E me sinto ótima!

Sou solo sagrado e não sou jardim

Não compreendo essa necessidade

Do resgate Karmico e anseio o Darma

Tudo que escondi tornou-se sombra

As previsões, as visões, as audições

As dores no corpo e os desdobramentos

E essa sensação de uma alma antiga

Incompreensível na atualidade

Porque isso ressurge?

Não é o álcool!

São as 36 horas não dormidas!

São as crianças clamando!

As mulheres domesticadas berrando...

E os homens se divertindo...

Preciso conter a gargalhada por quê?

Não pertenço ao mundo dos homens

Muito menos aos das mulheres

Não sou deste lugar

Fui recusada do céu e do inferno

Mas...

Na casa do meu Pai há várias moradas...

Escolhi a morada dos Vikings: Valhalla

Onde as mulheres eram livres, guerreiras e dignas.

Escolhíamos os mortos éramos Valquírias

Antecedemos aos Celtas e aos Druidas

O ventre idolatrado

A Deusa a mãe maior

A floresta a moradia

A intuição a magia

A solitude a companhia

A compaixão a libertação

A honra a glória!

 

Por: Lucieyma Carazza