Valhalla
Sem
métrica e sem rima
Abafei
diversos dons
Talvez
seja apenas o álcool
Manifestando
em minha mente louca
Não
gosto deste dom: o da escrita.
É
o que mais me consome
Transmite
o meu total desequilíbrio
Minha
mente vagueia em um mundo paralelo.
Sendo
a louca libertina
A
justiça estandarte...
A
abertura do inconsciente
Não
dá para fugir do que somos:
Sou
mau vista, infame e malquista...
E
me sinto ótima!
Sou
solo sagrado e não sou jardim
Não
compreendo essa necessidade
Do
resgate Karmico e anseio o Darma
Tudo
que escondi tornou-se sombra
As
previsões, as visões, as audições
As
dores no corpo e os desdobramentos
E
essa sensação de uma alma antiga
Incompreensível
na atualidade
Porque
isso ressurge?
Não
é o álcool!
São
as 36 horas não dormidas!
São
as crianças clamando!
As
mulheres domesticadas berrando...
E
os homens se divertindo...
Preciso
conter a gargalhada por quê?
Não
pertenço ao mundo dos homens
Muito
menos aos das mulheres
Não
sou deste lugar
Fui
recusada do céu e do inferno
Mas...
Na
casa do meu Pai há várias moradas...
Escolhi
a morada dos Vikings: Valhalla
Onde
as mulheres eram livres, guerreiras e dignas.
Escolhíamos
os mortos éramos Valquírias
Antecedemos
aos Celtas e aos Druidas
O
ventre idolatrado
A
Deusa a mãe maior
A
floresta a moradia
A
intuição a magia
A
solitude a companhia
A
compaixão a libertação
A
honra a glória!
Por: Lucieyma Carazza