quinta-feira, 3 de julho de 2025

RELAÇÕES INTERPESSOAIS


 

RELAÇÕES INTERPESSOAIS


Responsabilizo por tudo que acontece! Tenho por princípio a Oração Gestalt, que inicia-se dizendo o seguinte: “Eu sou eu, você é você. Eu faço as minhas coisas e você faz as suas coisas”, simples assim. Outro princípio que carrego tatuado na alma é que: “Gente feliz não incomoda ninguém”.

A maneira como avalio o próximo diz mais sobre mim do que o outro. A maneira como sou julgada, também diz mais sobre mim do que o outro. Escolho não ser reativa. Silencio... e tudo se resolve com clareza e sem esforço.

- Existe angustia? Tristeza? – Existe! Faz parte!

Na atual sociedade provinciana, demagoga, hipócrita, trovadoresca e machista a qual faço parte não me enquadro nos padrões estabelecidos. E para mim está tudo ótimo.

Só faço parte daquilo que sinto pertencimento e que de fato me sinta bem. A minha briga diária é com a minha saúde mental, e principalmente, me silenciar diante dos infames que acontecem, sejam eles previsíveis ou não, jutos ou injustos...

Morro diariamente por seguir em retidão e não abrir mão de quem eu sou. Já morri tantas vezes e o renascimento aflora. Quando partimos para o autoconhecimento e nos dispomos a trabalhar o nosso lado negro passamos por provas e expiações diárias, enxergamos o mundo com outros olhos e a amorosidade reina, esta, muitas das vezes incompreendida.

Ainda caio em ciclos viciosos que precisam ser revistos, curados e reverenciados. A dualidade existe no humano. O bem e o mal existe em mim e tudo depende das minhas escolhas. NÃO SOU PERFEITA! Sou centelha divina, sou solo sagrado e não adianta jogar o seu lixo!

Já devo ter escrito sobre isto milhares de vezes, mas, hoje, é justamente isto que me vem à cabeça, por mais que pareça estranho aos olhos dos julgamentos alheios que se colocam em situação de perfeição...

Vivencio aprendizados dos quais sou submetida na marra! O que os outros imaginam de mim ou pensam, não me interessa. Simples assim. Sou o meu maior algoz! Como diz o poeta contemporâneo lindíssimo e apaixonante: Xamã “Sou Wolverine e também tô Dente de Sabre... Se tudo der errado é só voltar pro início, dilemas de mim” ...

Escolha e autorresponsabilidade esse é o legado.

Andar em retidão cumprir com as  obrigações sendo a melhor dentro das  limitações, saber quem eu sou... Ser ética, íntegra e leal. Dar gargalhadas absurdas de tudo, ter uma vida simples e minimalista, ser até leviana, mas livre. Tá! Como diz a outra douta poeta contemporânea Lou Garcia:  Eu sei, eu sei, eu sei... Não funcionou porque fui eu quem não quis...

Poetas são loucos, românticos e sábios... talvez tenha me transformado naquilo que mais temia: a velha louca do rolê. E estou simplesmente amando!

Prolixa com relação aos textos, mas isso tudo é só para te lembrar que amar o próximo é o mais importante, perdoar, transbordar em compaixão e deixar fluir livremente mesmo estando quebrado é o mais apropriado. Respire e suspire... a cura parte da respiração... quando deixamos de respirar deixamos de sentir...

O autoconhecimento mata o seu ego e te permite escolhas. Escolho amar! Amo dentro das minhas limitações e não julgo, muito menos cobro... Cada ser possui a sua experiência.

- O amor que sinto? - Dedico até para os infelizes que me traíram, me ludibriaram, me excluíram, que foram cruéis, que almejaram apenas o meu corpo, que acham que me enganam... Quanto ao amor romântico, sinto a lembrança saudosa no meu coração.  “Stalkear” e sentir felicidade com a realidade do outro é plausível, respeitoso e delicioso.

Quando respiramos com consciência a verdade aparece sem ser dita e não dá para explicar para quem possui um conceito pré-estabelecido sobre amor próprio, tendo em vista que o amor que sentimos e como direcionamos este amor é uma escolha, assim como a felicidade...

Escolho amar, na contramão de uma sociedade que não aceita ser amada,  porque estão todos enraizados em pensamentos rudes e ultrapassados.

Escolho amar a todos que passaram pela minha vida e os deixo livre. É mais fácil... guerras, cobranças, desordens, traições, bate boca... saco... tenho preguiça... no mais, a falta de empatia ocorre em pessoas que estão emocionalmente feridas, fazendo pirraça para o mundo e brincando de viver feliz...

Simples assim... AME E DEIXE LIVRE...

AMAR não é distintivo de POSSE!

O destino vai chegar sem esforço... sem jogos, ameaças, histeria, cobranças e dores de cabeça... o passado diz tudo, VIVA o presente com a consciência que o futuro será o reflexo.

Por: Lucileyma Carazza

Lou Garcia - Não Fosse Tão Tarde https://www.youtube.com/watch?v=jd00enZSNFc

Xamã - Dualidade | Prod. $amuka e Ramon Calixto (Fragmentado) - https://www.youtube.com/watch?v=Xb514N_uE6s


sexta-feira, 27 de junho de 2025

ROMÂNTICA

 

ROMÂNTICA

Fomentando cada migalha do meu ser... sou movida a poesia, e, infelizmente poucos sabem ler, interpretar, ou simplesmente sentir. Esta “douta” poeta que vos fala tem um único propósito: o de inspirar.

Inspire, respire, suspire, sorria, gargalhe, dance, deseje a todos um bom dia maravilhoso, se preocupe, cuide de você, dos que você ama e até mesmo dos desconhecidos, seja livre e principalmente leve.

Nunca confunda liberdade com libertinagem, muito menos imagine que ser livre é fazer o que se quer. Ser livre está intrinsicamente ligada ao comprometimento, a responsabilidade e com a leveza da sua alma. Ser livre é estar em paz consigo mesmo e ter o discernimento de acolher e conviver com os maus entendidos da vida e não se envergonhar. Ser livre é ser ético e seguir em retidão, mesmo estando com um coração dilacerado por ter sido humilhada por ser quem você é, e não, o que os outros almejam que tu seja.

Como mulher vos digo, todos tentaram me moldar ou me modificar.

Minha mãe prendia o meu cabelo de uma maneira que não podia ficar um fio fora do lugar, me colocava uma roupa branca de marinheira e saía desfilando comigo na segunda cidade mais poluída do Brasil, pelo menos na época. O Vale do Aço perdia apenas para Cubatão em se tratando de poluição atmosférica... e eu? Não podia sujar a roupa, mas eu ia para rua brincar nas pracinhas e voltava toda encardida. Gostava de carrinho de rolimã, ir para a beira do Rio Doce escondida para ver se via onça pintada, amava ir ao bicicross, andar de kart, soltar pipa, brincar de ferrorama e autorama, buscar boi no pasto, cavalgar como uma louca, vivia no clube nadando e apostando com os meninos quem era o mais rápido ou quem tinha mais folego (meu cabelo ficava verde de cloro). Odiava brincar de casinha e ser a moça boa e perfeita da família. Lembro dos castigos, das quedas, dos ralados e são tantas cicatrizes que até perdi a conta, mas todas as vezes que as olho sinto uma lembrança aconchegante.

Meu pai era o Peter Pan, o “bom vivant”, o boêmio que ia de bar em bar. Era aquele que sentia um ciúme “sine qua non” da filhinha dele. Ele me ensinou que homens não prestam por serem volúveis, que eu nunca poderia aceitar que qualquer homem pagasse alguma coisa para mim, e ainda, dizia sempre: “jamais confie num homem”. Lembro da primeira vez que ele me levou em uma boate. Cristo tem poder! Ele jogou um bolo de dinheiro no meu colo, disse que se eu quisesse beber era para beber com o meu dinheiro e que as duas da madrugada me buscaria. Quebrava os telefones fixos e implicava com os meus amigos que iam na minha casa me ensinar matemática e física. Me mandava tirar o batom e a saia curta. A primeira vez que ele me viu de salto alto andando pelo corredor de tábua corrida da casa quase enfartou. Eu não tirei os saltos e saí. Ele me mostrou que nem ele me modificaria. Para ficar livre da mordaça que ele insistia em me colocar resolvi trabalhar e ganhar o meu próprio dinheiro.

A parte mais fantástica da vida da minha infância e da adolescência foram os meus irmãos mais novos. Tinha que cuidar deles e ser exemplo.  Estes quase conseguiram me polir por um tempo. Como dançava jazz sempre tive os ouvidos apurados para a música, aos doze anos conheci Guns’n Roses e o heavy metal, aos 16 já bebia e a virgindade vou deixar para outro texto... meu irmão é mais novo que eu três anos, por causa dele eu deixei de fazer muita coisa porque os olhos dele de censura me cortava como uma lamina samuray. Ele se tornou músico e virou amigo dos meus amigos que eram todos metaleiros, afastei de alguns amigos porque não queria envergonhar meu irmão, queria deixar ele viver a vida dele. Mas a vingança é um prato que se come frio, aos dezoito anos, já dirigia e levei ele e mais cinco amigos para um lugar um tanto curioso para uma mulher que tinha que ser exemplo. Levei-os para zona, no bairro do subúrbio Fabricianense, que se chamava “Mineirinho”. Ele me odeia até hoje por isso, mas os amigos dele, nem tanto... Minha irmã mais nova nunca me deixou aproximar, talvez meus olhos fora a censura que eu sentia e acabei transmitindo para ela de alguma maneira inconsciente. Como queria ser sua amiga. Na verdade queria protegê-la do mundo... na atualidade sequer conversamos cordialmente, o silêncio impera e ela sempre me diz que sou igual ao Pequeno Príncipe no País das Maravilhas correndo com os lobos.

O primeiro namorado um tédio! Eu tinha que ser a mulher imaculada que tanto odiava. O segundo, foi o amor da minha vida, esse eu reverencio, me ensinou a ser mulher, fizemos todas as aventuras possíveis e impossíveis que estavam ao nosso alcance. Terminei com ele porque queria viver as minhas próprias experiências sem interferência. Hoje quando ouço Ana Castela cantando: “Ê, saudade que toma, que toma; Que toma conta de mim; que não me dá remorso, nem raiva nem ódio, dá pena do fim”... é dele que eu lembro com muito amor no coração. O terceiro namorado eu casei, para não dizer “caguei”; já tinha feito todas as maluquices que eu queria fazer. Ele com o mesmo arquétipo de Peter Pan igual ao do papai. Tocador de viola caipira, um boêmio e estelionatário. Casei na igreja de branco e com festa porque o papai quis. União matrimonial abençoada pelo Clero que durou apenas seis meses... Graças a Deus e amém! Porque se ele não fosse estelionatário seria mais difícil divorciar... depois... foram vários namorados, fui pedida em casamento várias vezes e neguei todas, já havia decidido: não sei viver presa e amordaçada para atender a expectativa de alguém, talvez eu seja egoísta, mas uma coisa vos digo, quando um homem te pede em casamento e você diz: “Vamos namorar por mais um tempo, eu prefiro assim, por enquanto.” Eles terminam o relacionamento que eles queriam para o resto da vida na velocidade da luz.

Na atualidade, não sei o que esperar de um relacionamento. Odeio dormir de conchinha e aos cinquenta anos não espere que eu seja a mulher difícil, porque eu sou a dificílima, mas sei ser a fácil quando eu desejo. Personalidade forte e uma sobrevivente.

Sobrevivente aos algozes mãos brancas do sistema araponga. Sobrevivente aos homens que me assediariam sexualmente, moralmente, materialmente e principalmente emocionalmente. Sobrevivente daqueles que me chamam de mal-educada por ser autêntica. Sobrevivente daqueles que me chamam de louca! Sobrevivente das quedas, das batidas, das alergias, da asma que é a alma esperneando em dor, das situações de perigo imprevistas. Sobrevivente dos olhares das mulheres que me odeiam pela minha personalidade e das que me julgam incapaz de sentir amor porque eu não tive filhos.  Sobrevivente das exclusões cotidianas. – Sim! Uma mulher como eu é sempre excluída e nunca benquista.

Vivo num limbo onde não pertenço a nada e nem a ninguém. Não tenho raiz! Sou como o oceano. É com o mar que eu sinto a paz no sentido literal da palavra, é ele que me cura.

Como professora de Literatura, trabalhando a Terceira Geração do Romantismo no Brasil com os alunos do segundo ano do Ensino Médio, deparei-me com a seguinte pergunta: - Professora, a Senhora é romântica? Claro que gargalhei e respondi com ironia. – Sim! Sou um tipo 4, sexual do Eneagrama, meu signo é Escorpião e possuo a “persona” mais sombria e detestável do Planeta Terra.  Eles vão ter que pesquisar o que é o Eneagrama. O mais genial de ser professora é que você pode ser surpreendida com a frase no final do trabalho sobre Romantismo: “Como dizia minha ex: terminamos... eu: Como dizia minha ex: terminamos próximo! E ainda ouvir: Quem morre pra “danger” é corno! Me divirto muito em ser a professora que pula, que briga, brinca, provoca emoções, que ama, que se orgulha, que dança e gargalha. Me orgulho em inspirar os futuros poetas, escritores e de inseri-los num mundo de oportunidade.

Às vezes penso em desistir e recomeçar em outra profissão, penso em mudar para outro lugar... uma inquietude que se compara com a minha vida amorosa. Quanto a vida amorosa não tenho certeza de nada, mas quanto a profissão e o lugar aonde eu vivo, já me decidi. Vou ficar por aqui, por enquanto...

Ser professor é como viver em uma corda bamba. Viver entre a vida e a morte. É um ofício dificílimo! E como sou pura poesia, indomável, brava, livre, moldada na terapia Junguiana e corro com os lobos sempre caio em armadilhas... mas sobrevivo.

Recentemente tentaram me amordaçar novamente. Por ser descontraída, sorridente e arregaçar nas gargalhadas, fui taxada novamente de louca, mal-educada e pouco profissional.  Conseguiram me fazer chorar na frente dos alunos justamente na turma que eu mais respeitava e amava. Não fui acolhida por ninguém. Me senti a própria Maria Madalena sendo apedrejada em praça pública. Reza a lenda, que, pedagogicamente não existe reclamação sobre mim, sou pontual, cordial, cumpro com todas as obrigações antes do tempo e sempre que sou solicitada para um algo a mais, me dedico de bom grado, mas que os alunos me acham irônica e debochada, que era melhor eu parar de rir e ter uma atitude mais profissional. Ninguém duvida da minha competência e da minha capacidade intelectual, mas a minha gargalhada incomoda...

E nesta confusão emocional, pessoal, amorosa e profissional me deparei com a primeira pessoa na vida que me colocou uma rédea ou arreio. Um sábio ancestral, um Franciscano, um espelho fascinante e exuberante! Um homem emocionalmente sadio, bravo e gentil. Com lágrimas nos olhos e com muito amor no coração reverencio esta amizade! Dou Graças a Deus e ao Universo por sermos amigos, porque se fossemos amantes, namorados ou um casal não ficaríamos juntos para sempre. Amizade legítima não se dissolve. Com este homem eu quebrei o dogma do meu pai e da minha mãe. Talvez eu tenha quebrado a maior maldição da minha vida. Consegui finalmente sentir e enxergar que existe homens bons no mundo e que eu posso me deixar ser domada permanecendo autêntica... um pouco... só um pouquinho domada...  Ele é o Lobo, e eu, a Mulher que corre com os lobos.  Ele é o líder da matilha, da qual humildemente faço parte. O destino faz com que os semelhantes caminhem juntos, tendo em vista que, na maioria das vezes, os opostos se atraem, mas não se comunicam.

Quanto ao resto, que se incomodam com a minha gargalhada, digo o seguinte: gente feliz não incomoda ninguém. Eu sinto muito! Eu vos liberto! Vou seguir adiante e sempre serei apedrejada. Sobreviverei a todos porque EU SOU UMA MULHER QUE CORRE COM OS LOBOS!

Por: Lucileyma Carazza

Referência: Mulheres que correm com os lobos – Clarissa Pikola Estés


quarta-feira, 18 de junho de 2025

SOBRE RELACIONAMENTOS

 

SOBRE RELACIONAMENTOS

 

Difícil descrever, tendo em vista que palavras são palavras, o enxergar nem sempre significa a realidade, as atitudes são comportamentos e as emoções o sentir verdadeiro sem as máscaras de um ego machucado e comprometido ao insucesso.

Não estou sendo clara, não estou conseguindo me expressar na verdade existe a tríade: ver, imaginar e sentir. Uma coisa é o que eu vejo, a outra é o que eu imagino sobre o que eu vi, e a outra, é  o sentir a realidade de fato.

Não nos conectamos, paramos de respirar para não sentir, nos embriagamos para perder os sentidos e ignorar a dor, criamos roles aleatórios para nos distanciar de nós mesmos.

Paramos no imaginar porque o julgar é mais fácil do que sentir, ou, dói menos. Todo vício é uma fuga.

As relações refinadas são superficiais são como o açúcar refinado, já as relações integrais são indigestas e dolorosas; quem gosta de comer comida integral? Ninguém! Já dizia o Padre Fábio de Mello... onde existe dor é porque existe muito amor.

Atualmente ando enamorada com o mundo, meio cabeça oca. Sem propósitos ou conceitos estabelecidos. Não me reconheço, não me importo, anseio estar em vários lugares ao mesmo tempo e conhecer e viver tudo aquilo que ainda não vivi. Me sinto aprisionada nesta sociedade a qual precisamos para sobreviver. Isso... vivemos no modo sobrevivência.

E eu, querendo entrar no modo desistência. Cheguei no ponto da vida em que mais temia: me tornei a a velha louca do rolê... a ignorada, taxada como mal educada, intelectualizada, antipática, rica, velha, gorda e louca.

Sempre fui discreta, cheia de conceitos estabelecidos, determinei limites dos quais só foram estabelecidos por existir um vazio e uma dor imensa no meu peito, então criei barreiras para me livrar dos julgamentos... estas barreiras nos tornam prisioneiros de nós mesmos. Deixamos de ser livres por padrões e questões mal resolvidas em virtude das dores que sentimos e que nunca curamos... Emoções que não curam geram um vazio imenso e constante no peito.  Um buraco sem fundo... tudo criado por nós/mim mesmos, pelas nossas dores, pelas imposições da sociedade; tentamos agradar o máximo a todos e a si próprio.

Confesso que ando exausta. Descobri que é melhor ser... ser ex, ser decente, ser enamorada, ser filha, ser amiga, ser carinhosa, ser livre, ser íntegra, ser caridosa, ser alienada, ser burra, ser sem noção, ser a melhor, ser a pior, ser a louca, ser fora dos padrões e foda-se.

Ainda prezo pela fé e pela minha intuição. Não sei de onde elas vem. Mas as sinto. Não tenho me importado em fazer nada apenas para agradar. Estou sem limites com sede de vida, completamente sem noção e caio em gargalhadas sem explicação.

No mais, precisamos sentir a dor, vivenciar a dor, não fugir, compreender o que ela quer me ensinar para me livrar de ciclos viciosos. Se tem dor, tem mentira. O verdadeiro não causa dor. “Conhecei a verdade e a verdade vos libertará”. A verdade nunca causa sofrimento.

 

Por: Lucileyma Carazza

Revisão: Pedro Lucas Defante Nolasso (meu aluno preferido)


quarta-feira, 11 de junho de 2025

FOGO DE PAIA

 


FOGO DE PAIA

Em uma rotina frenética e sem freio, com metas estabelecidas, onde o ter prevalece e o ser desaparece. Onde ser assertivo é sinônimo de falta de educação.

Nos deparamos com frustações, angústias, ansiedades, falta de caráter e julgamentos. Ser autêntica, carinhosa, gargalhar, improvisar é sinal de loucura eminente e até mesmo de vulgaridades... somos taxadas, rotuladas, estagnadas, chamadas de ingênuas, românticas, rebeldes, ignorantes e até mesmo infantil... só não me xingam de “piranha”(inferno), e tem mais, se o seu anseio for o de não fazer nada, apenas ouvir o silêncio, dormir por 36 horas e degustar da sua própria companhia... você sempre será totalmente incompreendida, e, principalmente, excluída.

Vivemos cercados em mentiras, egos inflados, ciclos viciosos e armadilhas das quais nos(me) permitimos cair. A sociedade sabe julgar e decapitar num piscar de olhos, as vezes me sinto na era Trovadoresca, para não dizer na Idade Média ou das trevas.

Ando de saco cheio e andei rogando mudanças um tanto quanto descrente, sem saber o que quero e para onde ir. Com esse sentimento de desesperança o Universo se vinga e me soca a cara em benevolência e generosidade, para variar dos desconhecidos, o belo, o bonito e o virtuoso surge de onde menos esperamos.

Não existe controle... a entrega, sem planejamento tem sido a melhor colheita. Reconheço essa entrega como uma preciosidade da vida. Aproveito cada segundo e reverencio.

Talvez seja apenas a tolice de um coração generoso que duvida da sua própria capacidade, que se julga e se cobra.

Recentemente, num breve período de tempo, e por duas vezes consecutivas, recebi o mesmo elogio.

Um, escrito por um amigo que me acompanha há cinco anos, e sem ele, os últimos tempos teriam sido muito mais complicado. Esse amigo não nasceu, ele estreou, alguns o coparam com o ator Jason Momoa, que fez o personagem do Aquaman... mas para mim, ele é muito mais bonito! Ele é revestido em altruísmo. As vezes tenho vontade de colocar um capacete porque ele sabe me ler e consegue ouvir os meus pensamentos. Sempre me reporto ao que ele me escreveu para lembrar de quem eu sou: “O que você tem de mais impressionante, é o seu coração, o seu senso de justiça, o carinho com o próximo, a vontade de rir, sorrir e fazer bem a quem a rodea”... e me emociono muito todas as vezes que leio. Me emociono todas as vezes que conversamos e todas as vezes que ele me abraça e me dá um beijo carinhoso na cabeça... Existe sinceridade, cumplicidade, entrega, amor, ética, alegria, inteligência e muita gargalhada. Somos dois Franciscanos que se encontraram no acaso.

Mas, ainda continuo com aquela sensação de portas fechadas, descrente, seguindo com um sorriso no rosto... de uma hora para a outra o Universo escancara na sua cara a sua preciosidade. Boas-vindas chegam.

Acordo com uma proposta de emprego, que talvez seja dar um ré, mas que pode apartar o desconforto de não saber o que se quer... Saio ainda descrente para comprar um presente para minha mãe que vai chegar; a posteriori, passo no lugar que mais detesto ir na vida, o tal do supermercado... e mais uma vez sou abençoada... um senhor lindo e humilde me olhou na seção de verduras e disse: seu pescoço está travado. Respondi: - Está dando para perceber? Estou sofrendo com isso há mais de um mês. Ele sorriu e me disse: Estamos conversando mentalmente desde da hora que você entrou, chegue em casa e tome um banho e me explicou como seria banho. Na hora perguntei: - Qual a sua religião? Ele respondeu: - Sou Católico Apostólico Romano, mas tenho um dom e sou lingado a 2000 watts de energia. Eu sorri e pedi: - Me benze?

E assim, fui benzida no meio do supermercado. Ouvi palavras amorosas e caridosa de um desconhecido. Ele disse que me benzeu porque teve a permissão Divina pelo fato de eu ter um coração bom. Caí num choro compulsivo, o coração ficou leve, o pescoço sem dores, transbordando em gratidão e compaixão.

Das palavras ouvidas deste humilde e ilustre desconhecido eu só me lembro que: o copo precisa transbordar... e concordo em gênero, número e grau.

Ciclos se fecham e outros se abrem.

 

Por: Lucileyma Carazza

quarta-feira, 4 de junho de 2025

SINTO MUITO

 


SINTO MUITO

 

Por todas as mulheres que não gargalham

Que não acordam com um sorriso

Que não dançam ao escutar uma música

Que não degustam de um ato libidinoso inapropriado

Que não andam rebolando

Que não usam um batom vermelho

Que não apreciam a simplicidade

Que não se entregam a magia da vida

Que não andam descalças

Que não abrem a janela do carro

Que usam sutiã

Que não suspiraram ao silenciar

Que perderam a intuição

Que se arrumam apenas para ir ao médico

Que conversam sobre as mesmas coisas

Que não apreciam a sua própria companhia

Que não sentem a água deslisando com suavidade no corpo

Que não se arriscam ao improviso

Que não correm com os lobos

Que não abusam do poder de um perfume

Que não são chamadas de loucas

Que não fazem parte da turma do fundão

Que não vestem “PRADA”

Que não são chamadas de piranhas

As que os homens não quebram o pescoço

As que nunca foram amadas

E talvez nem se amam...

 

Por: Lucileyma Carazza


terça-feira, 3 de junho de 2025

Valhalla

 


 Valhalla

 

Sem métrica e sem rima

Abafei diversos dons

Talvez seja apenas o álcool

Manifestando em minha mente louca

Não gosto deste dom: o da escrita.

É o que mais me consome

Transmite o meu total desequilíbrio

Minha mente vagueia em um mundo paralelo.

Sendo a louca libertina

A justiça estandarte...

A abertura do inconsciente

Não dá para fugir do que somos:

Sou mau vista, infame e malquista...

E me sinto ótima!

Sou solo sagrado e não sou jardim

Não compreendo essa necessidade

Do resgate Karmico e anseio o Darma

Tudo que escondi tornou-se sombra

As previsões, as visões, as audições

As dores no corpo e os desdobramentos

E essa sensação de uma alma antiga

Incompreensível na atualidade

Porque isso ressurge?

Não é o álcool!

São as 36 horas não dormidas!

São as crianças clamando!

As mulheres domesticadas berrando...

E os homens se divertindo...

Preciso conter a gargalhada por quê?

Não pertenço ao mundo dos homens

Muito menos aos das mulheres

Não sou deste lugar

Fui recusada do céu e do inferno

Mas...

Na casa do meu Pai há várias moradas...

Escolhi a morada dos Vikings: Valhalla

Onde as mulheres eram livres, guerreiras e dignas.

Escolhíamos os mortos éramos Valquírias

Antecedemos aos Celtas e aos Druidas

O ventre idolatrado

A Deusa a mãe maior

A floresta a moradia

A intuição a magia

A solitude a companhia

A compaixão a libertação

A honra a glória!

 

Por: Lucieyma Carazza

 

terça-feira, 27 de maio de 2025

AMOR IDIOTA E TEIMOSO

 


AMOR IDIOTA E TEIMOSO

 

Caio em um choro compulsivo adentrar em casa. Me sinto sozinha. Acredito que seja a hora de ouvir as instruções psiquiátricas... E essa vontade louca de sumir e recomeçar novamente em algum lugar do mundo não me sai da cabeça...

Em se tratando de terapias ouvir o Felca, no auge dos seus 28 anos é muito mais interessante. Um rapaz com tanta maturidade e esquisitice. Ele diz que está envelhecendo e ficando cada dia mais burro, e que é bom ser burro porque o burro resolve seus problemas e está tudo bem, já as pessoas inteligentes sofrem mais, achei isso de uma genialidade para um garoto magricelo, tímido, cabeludo e lindo.

Resolvo mudar a energia, me arrumo e saio a caminhar. Entro em pânico, talvez seja melhor voltar para casa... a beira mar lotada é muito desinteressante... barulho, música alta, areia voando, turistas sem graça, crianças gritando, mulheres vulgares, outras correndo com os seus macacões colantes, homens se achando, cachorros com meias... quanta preguiça eu sinto e para completar a playlist ainda toca a música que me faz lembrar de alguém  “LP - Lost On You” ...

Tudo igual e todos concentrados em seus mundos digitais fingindo curtir uma praia, e eu ali isolada, desconfortável, me sentindo sozinha, tirando forças não sei de onde para enfrentar a vida, só me restando ler o livro do Bono – Surrender, que é um aprendizado subliminar a cada parágrafo.

Como me identifico com suas dificuldades, genialidades, pontos de vista, incertezas e crises existenciais. Queria ser amiga do Bono, ir à praia, beber uma, conversar o dia todo, conhecer Ali e assistir ao pôr do sol. Imagino o quanto teríamos de assunto, mas nesse momento acredito que escutaria mais porque existem pessoas que sinto prazer em conversar, ou apenas ouvir e admirar a sabedoria...

Peço uma água de coco, coloco os dois fones e aumento o volume no máximo, as pessoas ao lado não param de falar(gritando) encantados com os vendedores ambulantes.

De repente me dou conta que estar sozinha é mais interessante do que estar em meios, ou com pessoas que não nos pertencem. Existe um padrão vibratório onde apenas os que estão na mesma vibração caminham juntos, e tudo bem... cada um em seu estágio de evolução.

Não estou bem, “eu sei, eu sei, eu sei”, fingi por meses e vivi em um estágio de euforia acreditando piamente que minhas dores estavam cicatrizadas. Disfarcei, tive vergonha em ter um coração dilacerado, um coração mais uma vez traído, de ter sido ingênua... Perdi meu amigo e alguém em quem confiava. Ouve deslealdade. Ouve gatilhos emocionais que me pertencem e que afloraram... mas como diz a regra popular: “é melhor ser enganado do que enganar”. Na verdade, o melhor seria ambos vivermos em comunhão, respeitando nossas diferenças e reverenciando nossa convivência.

No mais, tenho por mim que: quando o outro me fere, não são eles os verdadeiros responsáveis, e sim, eu, pelo fato de não ter colocado limites.

Tentei levar com maturidade e naturalidade, me enganei, enganei várias pessoas que me diziam o tempo todo que eu superei bem, ou que não havia motivos para me sentir mal.

A realidade é que a minha cabeça está barulhenta e bagunçada... Resolvi curar o meu emocional... “eu sou eu, você é você”... não sei o que esperar do Universo ou de Deus, não sei se quero um novo amor, um amor verdadeiro, um amor ágape, ou simplesmente ficar sozinha cuidando da minha vida... mas, contudo, porém e portanto... quando lembro daquele baixinho tatuado, noooooo, não é amor, é apenas uma escorpiana se lembrando de atos libidinosos com cara de safada (risos)...

Não sei o que quero, mas não saber o que se quer já é o início de algo ou de uma cura emocional. Eu sei que tudo vai passar, por um tempo vou me isolar, não quero conselhos, terapia, autoconhecimento, vídeos motivacionais, julgamentos e nada que seja  destrutivo. Me afastei das redes sociais por não suportar os logarítmicos que me induzem ao que não quero ver. Me blindei para curar. Vou me apegar a vida, ao Bono, ao crochê, no livro de Gregório (o Boca do Inferno) que achei em casa e não sei quem me deu... Vou mais uma vez seguir em retidão e me reerguer.

Segundo o Bono “Estamos procurando alguém para nos salvar, ou uma solução para um problema e eles estão bem na nossa frente, escondidos à vista de todos”... e o melhor: “se você estiver onde deveria estar, vai conhecer quem precisa conhecer”.

Por enquanto tenho dúvidas mas quero viver... experiências, lugares, o lúdico, o exótico, erótico, dar boas gargalhadas e não ter um pingo de noção e filtro, quero ser livre. Quero algo que me faça suspirar, transpirar e sorrir... e recentemente vi um post no status de um amigo que reflete o que eu procuro: “os dispostos a viver algo incrível merecem se encontrar”.

Por: Lucileyma Carazza

segunda-feira, 26 de maio de 2025

 

Lu, amiga linda do meu coração 💓!!

  Linda sim amiga , alegre , espontânea , irradiante , você sofre minha amiga irmã com pessoas que não acrescentam em nada a sua vida 🧬!

  O que você tem de mais impressionante , é o seu coração , o seu senso de justiça , o carinho com o próximo , a vontade de rir, sorrir e fazer bem a quem a rodea!!

  Eu gostaria de dividir contigo um pensamento filosófico que criei pra mim:

" Quando alguém me tira do sério , eles não são os verdadeiros culpados , sou eu quem deixo eles me tirarem do meu centro ! "

 Eu espero que se proteja desses infames pensamentos infundados e inapropriados que as pessoas tendem a lançar contra o próximo como uma verdade absoluta , questionamentos ridículos sem olhar pra si mesmo!

  Em suma amiga , as pessoas vivem de aparência , fantoches de redes virtuais e sociais  que não representam quem de fato são na vida real .

  Você sim , é autêntica , não tem medo de sentir e dizer o que pensa, embora as vezes melhor não dizer , evitar a fadiga é  sempre bom!

  Agora imagine eu, um cara que abre mão de viver tudo isso que a maior parte dos seres humanos anseiam tanto, valores que não me enchem o peito, para ostentar uma vida de zelo e altruísta por algo que eles abominam e desdenham o tempo todo.

  Você acha que eu ligo em toda a minha essência ? Não ligo , se não eu iria pirar!

  E você deve fazer o mesmo !

  Ninguém tem o direito de te dizer o que você 🫵🏼 deve ter , ser ou fazer !!! Ninguém está ao teu lado quando você mais precisa ! Somente quem a ama de verdade estará contigo !!!

  Portanto , não se deixe levar por pensamentos alheios a esse povinho que não representa nada em sua vida !

  Apenas faça o que eu digo sempre pra você antes de desligar o telefone , ou uma mensagem ou mesmo quando me despeço de ti!

  " Cuide - se!!!

  Acho que você está se cobrando demais por conta de não ter alguém só teu, do seu lado nesse momento , você pode sim cobrar , àquela ida que eu lhe disse para fazer, até a casa dos seus pais !

  Por mais que ele diga pra você não ir, mas , mesmo que algo aconteça por lá , pelo menos você foi e não se arrependeu de não ter feito o que queria fazer .

  Vá lá amiga , renove as suas energias , passe , que seja 3 ou 4 dias , mas vá, renove esse coração , sua cabeça e por consequência , seu corpo !!

  O fato de você querer me mostrar o quanto o teu corpo mudou em foto antes e depois do acontecido com o seu ex, não significa nada , porque você se deixou ser afetada demais por alguém que não compensa , que não te merece !!

  Não se apavore em achar que ele seria sua última esperança , a " tampa da tua panela pode estar por aí !" E você nem sabe!!! Só tem de parar de ficar procurando !!!

  Te cuida e saiba que fico lisonjeado por fazer parte do seleto grupo de pessoas que te fazer bem ❤‍🩹 e me perdoe se falei demais , mas me preocupo com vc!!! Se eu estiver errado , por favor , me perdoe !!!

   Um beijo e se recupere bem, coloque uma boa música , acordei com os pássaros , torne o dia melhor do que já é, se apegue as coisas e momentos bons que tudo vai dar certo !!!

  Te amo Lu!!!

  Boa noite e durma bem !!!!!


Uma grande declaração de amor de um grande amigo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Preciso guardar....





quarta-feira, 21 de maio de 2025

INVISÍVEL

 


INVISÍVEL

Existe um limbo na Terra. Um local onde não podemos demonstrar fraqueza e que precisamos ser o que o outro espera, almeja. Aqui a autenticidade é um crime, um lugar um tanto quanto estranho, tendo em vista que alguns dão até  a solução para os seus problemas sem que você tenha pedido opinião, outros pedem que a gargalhada seja baixa, uns, acreditam que as sete da manhã você usou droga para ir trabalhar simplesmente porque você demonstra entusiasmo, e ainda, tem aqueles que acreditam que as 19:30 você precisa encerrar o dia com o mesmo entusiasmo da manhã.

O pior mesmo são aqueles que te fitam com os olhos e te jogam todo o lixo emocional, toda projeção negativa com efeito de praga para quebrar o seu suposto complexo de superioridade, minam a sua energia sem dó e piedade.

A maioria das pessoas tem a absoluta certeza que a dor do outro é ínfima. Não existe uma dor maior ou menor. Apenas existe uma dor que precisa ser cicatrizada... simples assim.

Os padrões são muito bem estabelecidos e do fundo da minha alma com toda a vivencia, sabedoria e raiva que sinto, grito ao vento para que ecoe alto e em bom tom: odeio padrões, rotinas, mesmices, chatices, uniformes, crachás e mimimis... Casei com o mar, abracei a solitude e ando em retidão.

Não me provoque porque certamente me recolherei a minha insignificância e nem vou lembrar o teu nome, mas não pense que sou burra ou fraca, sei me defender e podes cair do pedestal na velocidade da luz sem sequer saber de onde veio o golpe. Sei ser maquiavélica e tenho a parcimônia em esperar o melhor momento para me vingar. É! Adultos vingam, crianças fazem pirraças e jogos emocionais.

O tal do jogo emocional... os julgamentos, a luta por aquilo que o ego anseia e a falta de praticidade também me irrita profundamente. Mas não se preocupe! Não vou partir para briga, não vou ser ignorante, muito menos provocativa. Vou sumir de vista e almejar ser a mulher invisível, silêncio, escuto a melhor música e sonho com o impossível. 

Ser excluída por ser autêntica não me machuca mais. Fui excluída a vida inteira e precisei aprender a me amar e a me acolher nos momentos de crise. Ter amor próprio é uma questão de sobrevivência, sentir compaixão pela mulher que me tornei e acolher aquilo que necessito é um requisito... eu sou a única responsável em transformar isso em mim. A única responsável pelo meu bem estar. É uma escolha! Uma postura de vida para a vida.

Eximo todo e qualquer ser pela dor que sinto ou pela dor que algum dia me causaram, me responsabilizo por tudo que acontece ou aconteceu na minha vida, e sim,  sou o meu maior algoz extremamente exigente.

Ser solteira é uma opção a qual jamais quebrarei, não é por ter um coração ferido ou partido, ou por falta de opção, é simplesmente porque machuco aqueles que amo por ser livre demais, e tem mais, não ter filho não significa que não tenha doçura suficiente para saber lidar com crianças (não suporto mais ouvir isso). A falta da doçura por não ter filhos...

Existem outras trivialidades que nem expresso desejo em explicar, apenas “sorrio e aceno”... odeio maquiagem, odeio passar esmalte, detesto roupas sexys, ir ao salão de beleza no final de semana, detesto plásticas, procedimentos estéticos, odeio pintar os cabelos e não possuo uma aparência desleixada... vou envelhecer a moda antiga e sinto muito se prejudico as suas vistas, acredito piamente que existem outras belezas no mundo e tenho sede por elas...  

Óbvio que existe um cérebro louco que convive com as comparações e que tem suas crises de dualidade/identidade. Sinceramente admiro e reverencio as mulheres, odeio quando são subjugadas, rotuladas, abandonadas, abusadas... mas... também as odeio, pelo que se tornaram em sua grande maioria (sim, existe exceções)...

Definitivamente “não sou costela de Adão, eu sou filha de Lilith” . Demorei muito para aceitar esse arquétipo, não me submeto a injustiças, prezo pela igualdade, pela liberdade, não sou domada e muito menos domesticada, não sou jardim, sou Solo Sagrado. Sou o que sou e prefiro um milhão de vezes ficar com os meninos da quinta série rindo de tudo e quaisquer idiotice pertinente às suas respectivas faixas etárias (entendedores entenderão). Amo o meu lar, mas não cresci para brincar de casinha.

Quando me perguntam se estou bem... sempre respondo que estou gostosa, ou maravilhosa, ou deliciosa, ou pocando de boa... Não sei se fiz, ou faço as melhores escolhas e talvez o preço que pago seja alto por demais, talvez, esteja apenas confusa, talvez, não deva me cobrar tanto, existe dúvida e a dúvida é para ser vivida... e também é muito difícil responder essa pergunta para mim mesmo, é que também estou cansada de procurar a verdade porque sei bem que ela não existe, eu não a encontrei, eu só quero me sentir bem, me libertar dessa sensação de estar presa. Talvez eu precise mesmo de um milagre, ou como disse uma aluna semana passada: “a Senhora precisa nascer de novo”. Ela achou que estava me insultando, mas nisso, eu concordo e concordei com ela soltando uma  gargalhada... aí o gatilho foi pior, ela se ofendeu me chamando de debochada, mas esse gatilho vai ficar para outro texto.

Por: Lucileyma Carazza

Visão geral criada por IA

“A história de Lilith, a "primeira mulher de Adão", é uma narrativa que se encontra fora dos textos bíblicos oficiais, mas que é amplamente discutida na tradição judaica, na literatura e no folclore. Ela é frequentemente apresentada como uma figura independente e rebelde, que se recusou a se submeter a Adão e foi, portanto, expulsa do Jardim do Éden”.  


Propósito: 1 dia

sexta-feira, 9 de maio de 2025

As poetisas!

 


Toques mais limpos, melodias sinceras postas ao vento que as levam e as trazem como uma trilha sonora em nossas histórias.

É preciso chorar, é preciso deixar as lágrimas ácidas de tanto tempo guardadas, escorrerem por nossa pele mostrando o que somos por dentro.

Mostrando a dor, o amor, a perca e o desafio que enfrentamos; da busca constante de ser algo, de querer buscar algo que não somos.

Tapamos nossos olhos, rebobinando nossas mentes como verdadeiros alienados da sociedade, esquecendo assim o mais importante, o mais verdadeiro, o mais simples e o mais singelo, gesto de um sorriso ou demonstração do que é amor, esquecendo o verdadeiro sentido da vida, e perdendo tempo.

É preciso deixar a dor apertar no peito como forma de tortura, porque preferimos o material ao invés do complexo emocional. Preferimos nos alimentar de restos pelo qual lutamos, pelo qual nos doamos, vendemos tempos, história, memórias, conhecimento e liberdade.

A vontade de conhecer, de amar de viver, de buscar... Já não é a mesma, pois estamos descreditados, desesperançados, despedaçados, mas não nos vemos, afinal como poderíamos nos enxergar no meio daquilo que nos deixa cego.

 

Aluna: Clarysse Petersen Rocha - Eletiva Direitos Humanos e prática de produção de texto.

 

Quem sou eu

 

Viver aos olhos de muitos nós vivemos, aos olhos dos realistas nos existimos, mas e se fossemos verdadeiramente sincero com nós mesmos, iriamos identificar nosso propósito, algo pelo qual iriamos viver adoidados?

 

Só sei que eu cansei, cansei de levar uma vida fútil e sem agregação em nada decido por então viver, viver tudo o que a vida me da, todos os momentos ao lado de pessoas que eu desejo passar uma eternidade, cansei de esperar um sinal divino, cansei de deixar terceiros decidirem o que eu sou e o que eu posso fazer, irei sair deste escritório e viverei, viverei como se hoje mesmo fosse morrer, viverei como se a paz mundial dependesse disto, cansei de mentir sobre o que sinto e por quem eu sinto, eu só quero amar, é muito difícil de entenderem isso?

 

Quero expressar me sem ser julgada, sem ser apontada como a maluca, deixei meus gostos de lado por muito tempo, escrevi baboseiras sem tamanho para agradecer fulano e ciclano, viverei feliz, sabendo quem eu sou, é a partir daqui que eu sei meus propósitos, meus sentimentos e meus gostos, se me perguntarem quem sou irei responder sou quem sou pelas coisas que gosto ,sou eu quem sou por conta do café, sou eu quem sou por dançar debaixo da chuva, sou eu quem sou porque te amo sem ter medo, sou ser vivo, pois respiro, respiro, pois sou ser vivo e é assim que eu vivo.

Aluna: Maria Luiza - Eletiva Direitos Humanos e prática de produção de texto.

 

 

Equipamento de mergulho

 

Assim que amanhece me preparo para mergulhar, tomo meu café e vou me aventurar, coloco meu equipamento de mergulho e caio de cabeça no oceano coloco meus pés no chão, decido me aprofundar um pouco mais e logo em frente me deparo com espécies jamais vistas por mim algumas são amigáveis e se aproximam sem me temer outras no entanto já ficam receosas com minha presença em seu lar, em minha frente á apenas um breu e é por ele que vou, não sei o que me espera, não sei o que vou fazer se encontrar um tubarão a única coisa que sei é que vou por la e espero não voltar, pois eu sei que se eu voltar aquelas criaturas irão me devorar estou como qualquer humano em um lugar estranho, não tem mais volta será necessário continuar. Nunca pensei que estaria em uma situação como essa tão cedo, pois os meus iguais não deveriam ser assim, na primeira oportunidade fui sufocada, fui afogada, quase fui degolada, mas antes disso fui salva, salva por quem me jogaria no mar grudada em uma cadeira de ferro sem chances de jamais escapar, lhe confiei meu equipamento de mergulho, e mais tarde vi ele jogado no canto da sala, você disse pra mim que iria cuidar como se fosse seu, pois se importava para mim importava para tu também, fui trouxa por acreditar, sei que fui pra esquecer tentei mergulhar novamente, todavia me afoguei de primeira e aceitei que ia ficar ali, algum tempo se passou e um ser veio me ajudar estendeu sua mão para mim e me disse ''vamos continuar, não podes simplesmente parar, ainda há um navio a explorar'' segui com este ser sem ao menos perguntar seu nome, perguntar o motivo de estar ali seguimos até o navio onde falaram que havia tesouros persistimos, pois nos arriscamos muito para simplesmente voltar de mão vazia. Voltamos para a superfície e agradeci pelo o que me disse, assim que me virei percebi que não estava mais lá, assim como você ele se foi sem nem dizer o motivo pelo qual veio me dizer um ''oi'', passei dias pensando nisso, queria saber quem era meu salvador, à quem eu devia a minha vida ele parecia até um fantasma ninguém sabia nada sobre ele, a única coisa que eu sei é que a partir daquele dia meu propósito de vida tornou-se conhecer meu salvador a razão pela qual estou compartilhando isto hoje.

Aluna: Maria Luiza - Eletiva Direitos Humanos e prática de produção de texto.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

 

 

 

Fico a pensar... como posso ter caído em uma nova armadilha. Estou cansada, me expus de todas as maneiras possíveis. Acredito que seria impossível não se interessar...

Mas estou aqui de quatro, brigando com o meu ego e com todos os conceitos racionais possíveis para me libertar desses pensamentos.

Não quero me apaixonar, não quero estar apaixonada. Quero um companheiro por inteiro disposto a ser feliz sem sacrifícios os melindres do ego.

No fundo hoje não deveria ter saído da cama. Uma nuvem negra praia em minha cabeça. Vontade de chutar o balde e sumir.

Virar poeira...

quinta-feira, 1 de maio de 2025

PARADOXOS

 


PARADOXOS

 

Quando estamos enraizados não nos permitimos ao novo. Não nos desligamos, fazemos pirraças, queremos o controle, esquecemos quem somos e nos dedicamos a uma ideia fixa do ego. Contrariamos a lógica, abdicamos a intuição e renegamos a leveza da vida. Como diz o grande amigo Jacome: “estar na zona de conforto é bastante confortável”.

Em algum momento nos perdemos e sempre enlouquecemos. A sombra nos cobre como a bruma de Avalon, estamos apegados a ideia de quem somos e o que nos tornamos em virtude de gostos, aptidões, defesas, personalidades e crenças. Criamos um escudo protetor, a nossa defesa consegue ser maior do que a Muralha da China, ou aquela do Game of Thrones... nos tornamos adultos infantilizados fazendo pirraça.

Não existe idade para sermos acobertados por essa desgraça (não gosto desta palavra deve ser a primeira vez que a utilizo) denominado ego, principalmente quando ele vem sobrecarregado do nosso lado sombrio. A desgraça nada mais é do que a falta de graça e o pobre coitado do ego, que nos fora útil na infância e nos ensinou defesas, na atualidade perdera completamente o sentido. Se procurarmos por autoconhecimento, constatamos que: quanto mais nos afastamos do ego, mais nos libertamos.

Dói descobrir que somos apenas um ego e o afastamento deste é uma via sacra. É o reencontro com o amor próprio, com o amor incondicional, ou sei lá, pela iluminação.

Sempre fui apegada ao intelecto, ao instinto e a solidão. O intelecto me deu sede de conhecimento, o que por algum tempo foi extremamente útil, o instinto me presenteou com a raiva o que me projetava sair do lugar e a solidão a defesa para que ninguém pertencesse ou entrasse no meu minúsculo mundinho. Me tornei uma observadora algoz, difícil de interpretar exclusivamente pelas expressões faciais. O acesso ao coração? Bloqueei e olha que detesto essa palavra atual e de muita utilidade, eu simplesmente deixei de sentir, porque quando sentimos estamos vulneráveis e entregues.

Eu e essa minha estranha obsessão pela tríade humana: intelecto, coração e instinto. Sei que já escrevi muito sobre isso, mas sempre me surge novas interpretações, emoções e um cérebro barulhento que não quer se calar por nada e essa raiva que me impulsiona a vomitar as emoções.  

Para os novatos explicarei com um pouco de vaidade, o humano, independente do gênero, é composto por três partes: cérebro, coração e instinto; homem, mulher e criança; Pai, Filho e Espírito Santo. Somos uma tríade sagrada e precisamos do alinhamento desta para estarmos emocionalmente saudáveis e livres de tudo aquilo que nos afeta externamente. Essa percepção te liberta de dogmas, conceitos, padrões, dores, amores, mágoas, ressentimentos, apegos e dentre outros adjetivos dos quais não me lembro agora.

Como uma mulher de meia idade, com muita tendência a insanidade, insubordinada e fora dos padrões sinto compaixão por onde caminho. Observo uma humanidade muito ferida por nada. Ferida por normas, conceitos, costumes, leis, apegos e controle. Tudo bem! Precisamos de ordem, mas de onde surgiu a necessidade de sermos um padrão? De onde nasceu a ideia de que aquilo que eu quero e pirraço para ter é o melhor para mim? Pra quê tanto controle?

Certo é que sempre teremos nossos corações partidos por adversidades da vida. Cada um vive e aprende o que precisa. Não adianta pedir para ficar, pirraçar, enlouquecer, infernizar a vida alheia, torna-se o caos, se explodir em dor, desenvolver um câncer... o amor muitas das vezes é apenas uma ilusão e quando essa ilusão passa fica apenas um: sinto muito.

Ando enamorada! Escolhi a felicidade! Me acolhi! Nunca me senti tão bela, principalmente com esse batom com gosto de melancia, estou entregue ao aleatório, não me apego, detesto rotina, estou de mãos dadas com a “menosesperaça”, o sorriso a marca cativante e a gargalhada o deboche garantido... acordo todas as manhãs ao som de algo novo, e esta manhã foi presenteada pelo Harry Styles, que, diga-se de passagem, “data vênia” é um tesão a parte...

 

“Shine, step into the light

Shine, so bright sometimes

Shine, I'm not ever going back

Shine, step into the light

Shine, so bright sometimes

Shine, I'm not ever going back

Shine, step into the light

Shine, so bright sometimes

Shine, I'm not ever (oh)

What do you mean?

I'm sorry by the way”

 

Por: Lucileyma Carazza