Somente quando evita o que esta no seu interior é que sua
ilusão torna-se verdadeiramente nociva a você e aos outros (pag. 25).
Este caminho exige de você o que a maioria das pessoas
não tem a menor disponibilidade de dar: lealdade para com o eu, revelação do
que existe agora, eliminação de máscaras e dissimulações e experiência da
própria vulnerabilidade (pag. 27).
A grande dificuldade é que você se agarra às ilusões de
como é, de como deveria ser, e de que não deveria ter problemas (...). Essa
essência se auto-renova constantemente; está continuamente conciliando
conflitos aparentemente insolúveis. Sua essência espiritual lhe fornece tudo o
que você precisa para viver e para cumprir a missão que lhe foi destina por
nascimento (pag. 33).
Na verdade e na realidade, autoconfiança verdadeira é paz
de espírito (pag. 38).
Nos filhos de pais rigorosos, o ressentimento e a
rebeldia são mais expostos, e por isso mais
fáceis de rastrear. No caso de pais brandos, a rebeldia também é forte,
mas oculta e, portanto, infinitamente mais difícil de detectar. Se você tivesse
um pai/mãe que o asfixiasse com afeição ou pseudo-afeição, e, no entanto não
oferecesse carinho verdadeiro, ou se tivesse um pai/mãe que fizesse tudo certo
conscientemente, mas que também não tivesse afeição, inconscientemente, mas que
também não tivesse afeição, inconscientemente você perceberia isso como criança
e ficaria ressentido (pag. 51).
Em vez disso, você procurará um parceiro ou outros
relacionamentos humanos com o objetivo de descobrir a maturidade que realmente
necessita e deseja. Ao não exigir ser amado como uma criança, você desejará
igualmente amar... Mas nunca é! Com o passar do tempo, cada desapontamento pesa
mais e sua alma se torna cada vez mais deprimida (pag. 54).
No nível inconsciente estar errado significa, de fato,
estar morto, porque estar errado significa ser negado pelo outro... Enquanto
você for apenas um ego exterior, você dependerá dos outros. Daí uma simples
rixa se torna uma questão de vida e morte (pag. 74).
Este simples ato de querer a verdade requer várias
condições, sendo amais importante a disposição de renunciar àquilo que a pessoa
se apega, quer seja uma crença, um medo ou um modo de vida agradável. Quando
digo renunciar, quero dizer questionar e estar disposto a ver que há algo mais
além dessa perspectiva. Isto nos leva de volta ao motivo de você se apavorar
pelo fato de abandonar o estado do ego, o seu modo de vida dualista e
angustiante (pag. 80).
O ego pensa, “se todos ao meu redor me consideram
especial, melhor que outros, esperto, bonito, talentoso, feliz, infeliz, ou
mesmo ‘mau’ – ou qualquer outra característica que tenha escolhido para sua
autoglorificação idealizada - então receberei a aprovação, o amor, a admiração
e a concordância de que necessito viver”. Este argumento significa que, em
algum ponto em seu interior, você acredita que pode existir apenas se for
percebido, afirmado e confirmado pelos outros. Você sente que se passar
despercebido, você deixa de viver. Isto pode parecer exagero, mas não é. Isto
explica por que sua auto-imagem idealizada é tão destrutiva. Você se sente mais
confiante quando faz de tudo para ser notado do que quando faz esforços
positivos (pag. 81).
O amor não vem e vai a esmo; Eros sim (pag. 88).
O fato de evitar tem um companheiro não é saudável. É uma
fuga (pag. 100).
Nada do que esta ligado ao amor é errado – ou pecaminoso
(pag. 101).
Uma pessoa madura espiritual e emocionalmente sempre
jogará a culpa no outro... Agir dessa maneira faz com que você fique realmente
desamparado e isolado, ou provoca sofrimentos e atritos intermináveis com os
outros.... e, através de um forte desejo de mudar, aí sim a liberdade se
estabelece e os relacionamentos se tornam proveitosos e agradáveis... se a
pessoa espiritualmente desenvolvida aceita essa responsabilidade, ela também
ajudará o outro de modo sutil. Se essa pessoa puder resistir à tentação de
sempre criticar os defeitos óbvios do outro e olhar para dentro de si mesma, fará
crescer consideravelmente o seu próprio desenvolvimento e espalhará paz e
alegria. O veneno do atrito será eliminado.
Um relacionamento entre indivíduos em que a
destrutividade do menos desenvolvido torna impossíveis o desenvolvimento, a
harmonia e os bons sentimentos, ou em que o contato é predominantemente
negativo, deve ser rompido (pag. 110).
Essa negação formenta a dependência da perfeição do outro
que, por sua vez, cria medo e hostilidade por sentir-se deprimido quando o
outro não corresponde ao padrão de perfeição (pag. 111).
Em um dado momento, cada parceiro servirá de espelho para
o estado interior do outro e, portanto, para o relacionamento... Quero arriscar
meus bons sentimentos. Mas do que no outro, quero buscar a causa em mim, afim
de que possa tornar-me livre para amar (pag. 114 e 115).
A infelicidade que você parece evitar lhe chegara de um
modo diferente e muito mais doloroso, embora indireto (pag. 118).
Quanto mais o sofrimento da necessidade legítima não-satisfeita
continua não sendo sentido ou sendo vivido apenas pela metade, tanto mais as
necessidades falsas tomarão conta da personalidade, a qual então fatalmente
fará exigências aos outros. Quando essas exigências não são preenchidas, os
ressentimentos – e muitas vezes a malícia com que argumentamos são elaborados
conta a vida e os outros – aumentam o sentido de privação, de modo que um
círculo vicioso contínuo parece envolver a pessoa num estado de desesperança.
Não é difícil racionalizar um argumento e montar uma acusação de culpa. Sempre
se pode encontrar razões reais, imaginadas, ou exageradas e distorcidas para
tirar de si mesmo o peso da responsabilidade. Visto que tudo isso é sutil e
oculto, requer-se atenção específica na observação de si mesmo e na honestidade
para consigo mesmo para ver esse processo em funcionamento. Somente quando você
é capaz de admitir suas exigências irracionais e de ver como quer infligir
castigo aos que acusa é que você pode verdadeiramente compreender as ligações
que aqui estabeleço (pags. 136 e 137)
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