DIA CINZA
O Coração sangra,
e um riso desmaia na face
enquanto a última estrela da noite...
se despede da solidão
e o vento sopra baixinho um dia sem luz.
Hoje não tem alegria na feira
nenhuma poesia dirá pra ser feliz
não estou disponível pra sorrir
nem tampouco pra chorar.
Nem mágoa nem trégua
sem graça nem desgraça
e alérgico às pequenas coisas
sigo indiferente às rosas
nem cultivo espinhos,
um jardim sem primavera..
A Felicidade sabe meu nome de batismo,
mas insiste em me chamar pela alcunha de poeta
as vezes respondo, outras finjo que não conheço
Cartola e Bilie Holiday sabem do que estou falando.
Estou circo sem palhaço
e suas mãos de trapézio despedem-se dos meus abraços.
Da cartola, um dia sem magia
se equilibra no horizonte
e os pardais ensaiam um blues da melancolia.
Nem garoa nem tempestade
nem preto nem branco
E o sol, indisposto, falta ao compromisso
enquanto uma manhã cinzenta cavalga no céu azul
e fotografias velhas saúdam lágrimas novas.
Meio dormindo
meio acordado
meu corpo é apenas o pijama da alma
um fantasma do passado.
Menino assustado com noites mal dormidas
ando pela rua descaminhando o cotidiano
enquanto lembranças mortas assombram o futuro.
Nem palavrão
nem palavrinha
não leio cartas nem bilhetes
o grito varre o silêncio
para debaixo do tapete
enquanto a poeira se impregna de sorrisos magros.
Nem paz
nem guerra,
apenas um dia triste
Sergio Vaz
O Coração sangra,
e um riso desmaia na face
enquanto a última estrela da noite...
se despede da solidão
e o vento sopra baixinho um dia sem luz.
Hoje não tem alegria na feira
nenhuma poesia dirá pra ser feliz
não estou disponível pra sorrir
nem tampouco pra chorar.
Nem mágoa nem trégua
sem graça nem desgraça
e alérgico às pequenas coisas
sigo indiferente às rosas
nem cultivo espinhos,
um jardim sem primavera..
A Felicidade sabe meu nome de batismo,
mas insiste em me chamar pela alcunha de poeta
as vezes respondo, outras finjo que não conheço
Cartola e Bilie Holiday sabem do que estou falando.
Estou circo sem palhaço
e suas mãos de trapézio despedem-se dos meus abraços.
Da cartola, um dia sem magia
se equilibra no horizonte
e os pardais ensaiam um blues da melancolia.
Nem garoa nem tempestade
nem preto nem branco
E o sol, indisposto, falta ao compromisso
enquanto uma manhã cinzenta cavalga no céu azul
e fotografias velhas saúdam lágrimas novas.
Meio dormindo
meio acordado
meu corpo é apenas o pijama da alma
um fantasma do passado.
Menino assustado com noites mal dormidas
ando pela rua descaminhando o cotidiano
enquanto lembranças mortas assombram o futuro.
Nem palavrão
nem palavrinha
não leio cartas nem bilhetes
o grito varre o silêncio
para debaixo do tapete
enquanto a poeira se impregna de sorrisos magros.
Nem paz
nem guerra,
apenas um dia triste
Sergio Vaz