segunda-feira, 8 de setembro de 2014

- 73 dias dos 100diasdeGRATIDÃO - ROMÂNTICA




ROMÂNTICA

“Ser ou não ser, eis a questão”?
É o momento da conciliação;
Que fique bem claro:
É a conciliação para comigo mesma.
É o reencontro,
Para a reconstrução de um novo dia.
Não existem lamentações ou acusações...
Existe a cura de tudo aquilo que não deu certo,
É a libertação para com o passado
E por todas as amarrações emocionais existentes.
Sinto muito, eu agradeço e me perdoo;
Chega de birra e de pirraça!
Não quero mais ficar parada, ou estagnada,
Quero levantar e ser gente livre,
Disposta a novas oportunidades!
Muitas vezes, o frio na barriga
É apenas o desejo do ego viciado em adrenalina.
É apenas um vício sem distinção...
Para não arrastar mais decepções,
Curo as fases da minha vida,
Curo todos os momentos que não soube entender,
Curo o meu passado,
Pois, não quero ser escravo da notícia ruim,
Quero ser portadora da boa nova!
Quero ser real e livre!
Quero viver e transgredir!

Por: Lucileyma Carazza

- 73 dias dos 100diasdeGRATIDÃO

“Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e setas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provocações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer... dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir… é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir… Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
–Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação.
(…)”


William Shakespeare - Hamlet