sábado, 22 de novembro de 2025

SILÊNCIO


 

SILÊNCIO

 

Acredito que vivo em uma época errada, muitas das vezes desejei pensar e sentir como os outros, mas sempre me senti uma pessoa diferente, excluída, fora dos padrões; por ter percepções, excentricidades, inconsciência aflorada, preferir animais às pessoas, optar pelo isolamento em locais extremos e silenciosos. Jung menciona que essa sensação é uma manifestação primitiva do inconsciente que não deve ser ignorada.

Ser imperceptível, invisível, passar desapercebida, ser insossa, discreta, prática, básica, objetiva, direta, sair à francesa, não dar satisfação e marcar presença simbólica em eventos sociais sempre fora a opção. Só me tornava perceptível quando o assunto atingia a minha intelectualidade, aí me sobressaía, mas me arrependia, porque sentia que as pessoas se afastavam, me julgavam arrogante...

Um amigo de infância sempre me dizia/diz que sou muito perigosa. Ele intitulou a música do U2, Who's Gonna Ride Your Wild Horses, como minha autobiografia, principalmente na primeira estrofe, que menciona: “You're dangerous, 'cos you're honest”. Sempre rimos muito a respeito disso e a nossa amizade perdura na atualidade. Ele em Nova York, e eu aqui, nessa província Guarapariense. Somos amigos desde os 8 anos. A nossa afinidade nunca se perdeu, parece que existe uma onda eletromagnética que nos liga, sempre nos acolhemos sem pedir socorro e sempre nos divertimos muitíssimo.

Neste contexto fico a pensar... em pleno Século XXI... sobre as adversidades, as necessidades, o egoísmo, o desejo, o interesse pessoal, material, sexual que sempre sobressai sobre tudo e todos. Nos enganos em nossos julgamentos, vícios, entendimentos, nos entregamos indevidamente, principalmente quando envolve emoções. É um pecado capital amar, a praxe da atualidade é envolver-se sem se apegar, sem demonstrar... não demonstrar nada, nem amor e nem a falta dele. Pegar, ignorar e dar um sumiço é a regra. Sexo por sexo. O desprezo é sinônimo de amadurecimento, pois somos adultos.

Acredito piamente que não ser correspondida afetuosamente não seja o problema, pois existe a aceitação de apenas deixar o outro ir em compaixão... Talvez, está só seja uma reação, ou uma percepção em não acreditar no desfecho daquilo que me pareceu tão verdadeiro...

Há muito tempo aprendi que adultos, em sua maioria, não sabem conversar, e no meu caso, talvez, tenha feito muita terapia e me tornando demasiadamente benevolente por ter medo da loucura. Sou uma pessoa que consegue ver através da máscara de um ego e sentir a dor do outro, de fato sou uma pessoa muito perigosa, sou uma pessoa que não tem medo, que se expõe, se entrega, aceita e se responsabiliza.

Mas o que o silêncio tem a ver com isto?

No Espiritismo o silêncio é uma prece.

No Budismo, Tao e Confucionismo o silêncio é um estado meditativo de elevação mental e espiritual, a iluminação.

Na Bíblia em “Isaías 9:8 também sugere que o silêncio é mais benéfico e sábio em muitos casos, como quando estamos com raiva, ou quando não sabemos todos os lados de uma história”. 

Em Direito Penal o silêncio é uma forma de não produzir provas contrárias.

Para os meus alunos o silêncio significa não saber a resposta, ou ter dúvidas.

Para você é falta de tempo, ou interesse, ou objetivo...

Para mim, o silêncio é apenas o meu momento de descanso. Um momento de reflexão, clareza emocional e espiritual. O silêncio pode ser o respeito aos mais velhos ou a hierarquia institucional. O silêncio pode ser apreciativo. O silêncio pode servir para evitar um atrito. Na verdade o silêncio, nunca é uma forma direta de resposta a uma pergunta, porque existe subjetividade e dualidade presente no humano, muita das vezes as respostas não devem ser silenciadas, precisam ser objetivas, tendo em vista que a falta de resposta transparece estar no meio do caminho, vago, ou feito bolinha de sabão solta no ar... Estar no meio do caminho não é o meu caso, mas, definitivamente não devemos implorar uma resposta. Aceite, respire e transcenda. O Universo sabe o que faz.

A maioria dos adultos da atualidade enxerga o silêncio como uma super resposta para uma pergunta. Diga não a objetividade. Talvez a mais covarde e cruel forma expressão, pois, aquele silêncio diz claramente que do outro lado, há alguém que, por uma razão, não está disponível para você. Mesmo que o status esteja disponível, ou, online o tempo todo, não há intenção alguma em resposta, interação e em você.

O silêncio do outro em resposta é um sinal claro de que você deve seguir. Deixar, desistir, abdicar, aceitar e se acolher. Não interaja com quem não deseja interação alguma. Afinal, você já teve uma clara e definitiva resposta. Quem quer, não mede esforços. Quem quer, dá um jeitinho... Quem quer, se importa.

Particularmente enxergo a falta de resposta uma atitude imatura, porque para mim, dizer sim ou não é simples e minimalista, representa a abertura ou o fechamento de um ciclo.

Aos covardes, por mais nobres que parecem, só lhes restam o silêncio como resposta ou desculpas educadas.

De fato, sou muito perigosa e louca por ser autêntica. Não soube reagir às emoções inesperadas. Não me protegi. Me entreguei! Vivi! E sim! Vou tirar toda e qualquer expectativa de dentro de mim em respeito a nós. Não existe esperança que envolva uma pergunta sem resposta. Não nos conhecemos, não tivemos tempo e oportunidade para isso, atropelamos processos e perdemos a oportunidade de escrever uma história lindíssima.

 

Por: Lucileyma Carazza

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

ORE


ORE

 

Por favor, ore por mim.

Mulheres precisam ser misteriosas.

Mulheres precisam dar o desprezo.

Mulheres não podem ser autênticas demais e demonstrar emoções...

Mulheres não se entregam de imediato...

Mulheres tem que ser caçadas...

Mulheres precisam de amor próprio.

Mulheres precisam saber receber um não.

São tantas regras e eu não quero seguir nenhuma...

Me decapito pela ansiedade por não aguentar o tempo passar... mais vai passar...

Preciso manter a minha dignidade,

A ansiedade me mata sem necessidade, tendo em vista que, que já tenho a resposta mais educada do mundo...

Sei que quanto mais me exponho para você mais eu te perco.

Você mexeu muito comigo...

Ore para que eu simplesmente fique em paz,

Que não te deseje,

Que não te queira,

Que não te admire,

Que não sinta falta de acariciar seu peito.

Ore para que eu volte a ser quem eu era antes de te conhecer.

Ore para que eu pare de te incomodar.

Ore para que eu te dê paz.

Sinto vergonha de mim, porque é mais forte do que eu.

Detesto estar na contramão dos seus objetivos.

Detesto não ser preterida, querida e amada.

Detesto ser essa mulher que fala tanto

Que se tornou uma chliquenta.

Detesto ser essa mulher que precisa preencher espaços

Porque perdeu a sua solitude.

Ore. Por favor ore.

Eu sei de todas as minhas qualidades

Não precisa me dizer nada e nem tentar me confortar.

Apenas ore.

Ore para que o coração, instinto e cérebro prossigam em equidade.

Preciso desabafar o reflexo da minha burrice.

 

Por: Lucileyma Carazza


 

Sou o canto sagrado das minhas ancestrais.
Sou o rezo que pulsa e sana.
Sou a água bendita que purifica a alma
Sou o silêncio das noites na floresta
Sou o perfume das flores no ar
Sou a terra que sustenta a vida
Sou a fogueira sagrada que ilumina
Sou o vento que sopra histórias
Sou as raízes que sustentam o corpo
Sou o corpo que sustenta a vida
Sou a dança com pés no chão
Sou a cara pintada de proteção
Sou a maracá que espanta o mal
Sou as ervas que limpam a aura
Sou o amor que nutre e une as mãos
Sou a mão que se estende
Sou o seio que escorre
Sou o leite que nutre
Sou o laço que presenteia
Sou o presente divino neste agora
Me faço elo entre a vida e a morte
Caminho entre os mundos
Me curvo em honraria
Aprendo ao me curvar
Me desfaço ao aprender... .
Cresço quando solto... .
Vôo no infinito... .
Simplesmente sendo... .
Amor em movimento." - Rose Kareemi Ponce
🤎 #WitchClubhouse

 

RELAXA


 RELAXA

 

Medito sempre sobre ciclos viciosos, acredito que somos frutos das nossas escolhas conscientes ou inconscientes, assumo a responsabilidade de tudo que acontece... e sou perfeccionista e exigente quando se trata sobre certas posturas, atitudes, trabalhos, família, amigos, relações e afins...

Havia colocado muita Fé naquilo que proferi para o Universo, foi uma brincadeira, mais com um fundo de verdade, acreditei piamente nos sinais, mas ando incrédula, nada é fácil. Tudo é luta e dificílimo, colhemos às vezes o que nunca almejamos...

Nesses perfeccionismos e direcionamentos, me cobro, me cobro muito, sou o meu maior algoz, sei das minhas qualidades, mas por inúmeras das vezes sou afetada pelo externo, deixando o meu padrão vibratório cair, e isso me deprime, por mais que exercite a mente, a nebulosidade sempre aparece.

Penso que essa busca constante de qualidade de vida e de equilíbrio emocional, não seja plena, uma vez que, tudo depende de como vou reagir e do que vou escolher. Ser reativa é péssimo, e muitas das vezes, quando perco o controle emocional tenho vontade de enfiar a cabeça num buraco e nunca mais sair, meu instinto de chorona e brava é o pior que existe em mim... A ira então, é um pecado capital de uma burrice sem precedente, além de ser burra é cega, mas esta, anda domesticada e me tornei estrategista, pelo menos acredito... agora o choro...

Ter a sensibilidade extremamente aflorada me causa desconfortos, porque muitas das vezes, eu não posso dizer o que sinto, vejo, não devo intervir, não devo expressar, insinuar, muito menos ser autêntica. Tenho que deixar apenas fluir, e com isso, a ansiedade me maltrata e como me maltrata, isso tudo, refletido com uma autenticidade transparente e escancarada na minha face, acho que vou fazer procedimentos estéticos para acabar com as expressões...

O silêncio e a solitude tem sido meus companheiros inseparáveis, e penso muito nos dizeres de Madre Tereza, “que não sabia até aonde que a caridade que exercia era verdadeira ou apenas fruto do seu ego”. Não sei ao certo quando meu ego está agindo ou se é a minha consciência assumindo o seu papel.

Acolho a imperfeição, ela faz parte de mim, olho para o perfeccionismo com gratidão, uma vez que, apesar de tudo, ela me concedeu disciplina, estudo, concentração e propósito.

RELAXA é a palavra da vez... quando várias pessoas começam a utilizar o mesmo termo com você é porque de fato a energia que está emanando é de tensão... tenho detestado ouvir: “RELAXA”. Mas decidi relaxar, escolho relaxar e tentar sem um pouco menos intensa e calorosa, preciso compreender que nem todos no mundo são assim e nem todos conseguem conviver com essa energia caótica.

Segundo Jung: “aquilo que chamamos de consciência civilizada não tem cessado de afastar-se dos nossos instintos básicos. Mas nem por isso os instintos desaparecem: apenas perderam contato com a consciência, sendo obrigados a afirmar-se de maneira indireta. Podem fazê-lo através de sintomas físicos, como no caso de uma neurose, ou por meio de incidentes de vários tipos, como humores inexplicáveis, esquecimentos inesperados e lapsos de palavra. O homem gosta de acreditar que é o Senhor da sua alma. Mas enquanto foi incapaz de controlar os seus humores e emoções, ou de se tornar consciente das inúmeras maneiras secretas pelas quais os fatos inconscientes se insinuam nos seus projetos e decisões, certamente não é seu próprio dono”.

 

Por: Lucileyma Carazza


terça-feira, 11 de novembro de 2025

QUERIDO UNIVERSO

 


Querido Universo,

Venho por meio desta, agradecer tudo o que me foi proporcionado durante este meio século de vida. Foi uma jornada e tanto. Cheia de altos e baixos.

Mas, vamos, por favor, estabelecer novos objetivos e fazer as pazes?

Com muita humildade e muito amor no coração eu te suplico:

- Saúde e equilíbrio para os meus pais, irmãos e pela Sacizinha (minha sobrinha);

- Saúde para os meus animais que me proporcionam tanta paz e companhia;

- Que continue sendo a provedora da minha vida e que nunca me falte trabalho;

- Me livrai dos desentendimentos e da falta de decência de certos seres humanos, me conduza com sabedoria, calma e alegria;

- Me ajude com o meu equilíbrio emocional, que eu tenha sabedoria para discernir o melhor caminho, e por favor, paz, muita paz, principalmente a de Espírito;

- Quero aprender sempre algo novo e me incentive a uma atividade física;

- Que nunca abandone o caminho do autoconhecimento e que volte para o caminho da espiritualidade;

- Que esteja sempre envolta de amizades sólidas, profundas, integrais e duradouras, e que estes, sempre sejam abençoados pela vida também.

- Que eu continue com esta gargalhada, que o bom o humor prevaleça e que continue gostosa...

- Quero conhecer lugares novos, culturas, absorver conhecimentos novos,  aprender e ver tudo que ainda não vi, se possível um pouquinho...

- Me livrai de todo e quaisquer homem que me veja apenas como um pedaço de carne, que só me queira para relacionamentos casuais e sexuais, que eu não caia mais em lábia alguma e que me conecte em retidão.

- Que eu amadureça e deixe de ser tão ingênua, romântica e até mesmo infantil;

- Se possível, gostaria de encontrar o meu outro par de chinelo... que este chegue com aberturas, que seja ético, honrado para que possamos viver em amorosidade, que nossas dores e fracassos emocionais não nos prejudique, que o nosso passado seja comungado em compaixão, gratidão, respeito e harmonia. Que consigamos nos decifrar pelo olhar, que sejamos o porto seguro a descansar, que tenhamos várias afinidades... Que tenhamos uma vida minimalista mas de aventuras... que tenhamos muita química e muito borogodó!

Desde já, agradeço pelas graças que alcançarei...

Novamente reverencio e agradeço por absolutamente tudo que já me proporcionou.

 

Da sua amiga, Lucileyma Carazza, em 27 de outubro de 2025, após completar 50 anos.

 

Eu te amo Universo!

terça-feira, 4 de novembro de 2025

MESMO LUGAR

 


MESMO LUGAR

Ao despertar deparei-me com a sensação de estar no mesmo lugar. Enraizada em ciclos, modinhas, vitrines, exposições, problemáticas, crenças, dores, morte, renascimento, exclusão, ciclos viciosos e sobrevivência.

Não consegui fazer o que havia programado, diversos fatores externos me incomodaram, mas a verdade é que os fatores não são externos, e sim, internos. Por mais que exista uma sorriso na face, uma gargalhada estonteante, uma vontade imensa de viver e aproveitar todos os segundos, existe um vazio um buraco, que por mais que eu lute, nunca é preenchido.

Acabei me envolvendo em arrumação, ambiente bagunçado é sinônimo de mente barulhenta, desequilíbrio emocional, ou sei lá... pode ser apenas TOC, mas nesta cabeça que sobrevive a transtornos mistos, limpeza e a rotina são importantes para uma mente equilibrada, acho que aprendi isso com os japoneses, com seus famosos 5s.

Ligo o som e me deparo com Jão. Amo o Jão! Ser comparado pela mãe do Cazuza como o Cazuza da atualidade é uma responsabilidade sem precedentes. Jão começou aos 18 anos, e aos 24 anos me deparei com o seu último show. Lindíssimo diga de passagem, um estádio inteiro com uma juventude cantando e chorando os seus versos... Ao fim do show Jão disse: “está é a minha última turnê, acredito que não amadureci, escrevo e falo as mesmas coisas desde dos 18 anos, preciso amadurecer”.

Levei um soco no estômago e fiquei com isso na cabeça o dia inteiro. Fui atrás do primeiro texto que escrevi: O anseio pela outra metade. Escrevi para o meu irmão. Ele havia acabado de se acidentar e eu fiquei do lado dele o tempo todo nas primeiras 24 horas. Sentada naquele caixão frio (era assim que chamava o HMC), me coloquei em estado meditativo e em oração, suplicando pelo meu irmão. Na época estava lendo algum livro de filosofia...

Neste sentido me dispus a comparar o meu último texto, com aquele primeiro texto tão distante. O último e o primeiro mencionam a mesma coisa, mas com emoções distintas.

Talvez, assim como Jão, não tenha amadurecido, por mencionar o amor todas as vezes que escrevi, fato é que o vocabulário era mais rico, formal, informativo, enfadonho como textos jurídicos, elitizado e extremamente intelectualizado... me dei conta que mudei, talvez tenha me tornado uma adolescente de meio século com uma linguagem coloquial, informal, nada informativa e muito mais emotiva... e está tudo bem...

Observação: não revisei o texto acima, uma vez que a imperfeição faz parte.

Meu primeiro texto:

 

O ANSEIO PELA OUTRA METADE

Embora queira ficar com você dia e noite, nada muda no Ano Novo!

Apesar do Ano Novo ser tradicionalmente um momento de recomeço, o que quer que esteja me afastando parece ser um obstáculo permanente. Mesmo assim a minha necessidade por ele não é menor.

 

Ah o AMOR!

 

Para uma pessoa que está amando parece intuitiva e clara: pensamos que sabemos o que significa amar sem ter que analisar. Mas quando refletimos melhor, o verdadeiro significado do “termo amor“ torna-se mais difícil de definir.

O quê significa para um ser humano dizer que o amor é essencial para a vida?

O amor talvez seja o nosso anseio pela outra metade; particularmente significa muito mais.

 

Aristofanes1 conta uma história acerca da origem da humanidade, que revelaria a natureza do amor. Em tom de humor, ele sugere que houve uma época em que não existiam dois sexos, mas sim três: seres masculinos, femininos e andrógenos, que possuíam órgãos sexuais de ambos os sexos. Os seres humanos costumavam ter quatro braços, quatro pernas e dois rostos; eram criaturas redondas que se moviam dando cambalhotas pelo chão. Como os Deuses viam nos seres humanos uma ameaça, decidiram que um modo de limitá-los seria cortando-os pela metade; por isso, cada ser humano foi dividido em dois. Cada parte que constitui o presente estado da humanidade é apenas a metade da criatura original, sempre em busca da sua outra metade. O AMOR consiste em encontrar o resto de nós mesmos; nós, em nossa condição, não somos inteiros. Quando alguém encontra sua “outra metade”, Aristófanes diz:

 

“Essas pessoas são magnificamente tocadas por um senso de amizade e familiaridade e Eros2, e nunca mais querem se separar, nem por um instante. Essas pessoas são as pessoas que passam a vida toda ao lado uma da outra, mas sequer são capazes de dizer o que desejam para si, estando com o outro. Não se pode pensar que é por causa da relação sexual que duas pessoas amam estar juntas. É, na verdade, a alma de cada um que deseja claramente algo mais, que não é capaz de expressar com palavras; ela sente o que precisa e, ainda que de modo obscuro, intui tal coisa”.

 

Cada um de nós é incompleto sozinho e precisa ser amado para ser inteiro novamente. Nenhum ser humano é auto-suficiente; pelo contrário, todos nós temos a necessidade de uma pessoa que nos complete.

 

Existem pessoas que usam a imagem do amor romântico e o desejo de reencontro com a pessoa amada para descrever um problema político fundamental.

 

Percebo que o “AMOR” tem abrangência muito maior do que pensamos. Podemos amar não apenas uma pessoa; mas a família, os amigos, um país, um povo, os animais, a natureza, um esporte, a humanidade, o trabalho, a caridade, a paz a justiça social etc.

 

Considerar o amor romântico a única forma de amor é insuficiente.

 

Com amor não há violência, ele possui virtudes clássicas de justiça, temperança, moderação e sabedoria.

 

Ame o próximo.

 

Inspiração e dedicação: Víctor Nelson R. L. Carazza

 

 

1 - Aristófanes, em grego antigo Ἀριστοφάνης, (c. 447 a.C. - c. 385 a.C.) foi um dramaturgo grego. É considerado o maior representante da Comédia Antiga.Nasceu em Atenas e, embora sua vida seja pouco conhecida, sua obra permite deduzir que teve uma formação requintada. Aristófanes viveu toda a sua juventude sob o esplendor do Século de Péricles. Aristófanes foi testemunha também do início do fim daquela grande Atenas. Ele viu o início da Guerra do Peloponeso, que arruinou a hélade. Ele, da mesma forma, viu de perto o papel nocivo dos demagogos na destruição econômica, militar e cultural de sua cidade-estado. À sua volta, à volta da acrópole de Atenas, florescia a sofística -a arte da persuasão-, que subvertia os conceitos religiosos, políticos, sociais e culturais da sua civilização. Conta-se que teve dois filhos, que também seguiram a carreira do pai.

2 - Eros ( do grego antigo : Ἔρως , "Sexo Amor"), na mitologia grega , era o deus primordial do amor sexual e beleza. Ele era também adorado como uma divindade da fertilidade. Seu Romano contrapartida foi o Cupido ("desejo"), também conhecido como Amor ("amor"). Na Teogonia de Hesíodo faz dele um deus primordial, enquanto em alguns mitos, ele era o filho das divindades Afrodite e Ares. Em Platão, Simpósio, ele foi concebido pelo Poros (abundância) e Penia (Pobreza) com o aniversário de Afrodite. Como Dioniso, era algumas vezes referido como Eleutério, o "libertador".

 

Por: Lucileyma Carazza, em 18/12/2010.

 

 

 

terça-feira, 28 de outubro de 2025

COLAPSO

 


COLAPSO

 

Existe um medo ou um desespero,

Tenho consciência que este medo é um desejo fortíssimo!

Talvez seja inalcançável...

Faço pirraça, perco o controle emocional,

Me sinto péssima por deixar a inconsciência me dominar assim,

Talvez tenha prejudicado o outro, ou, até o afastado.

Acredito que devo deixar ir e tirar o foco,

Voltar para a rotina e para a minha amada solitude.

Limpar os pensamentos destrutivos, carnais e me perdoar...

Me senti analisada, julgada pronta para ser qualificada.

Parece que para nos permitirmos a sermos enamorados

Preciso preencher requisitos primordiais, ou “sine qua non”.

Talvez ganhe a medalha, mas se me conheço bem,

Se alcançar o pódio, vou rejeitar, pois sou disruptiva demais.

O chilique talvez seja o pânico, ou, a tosse seca da alma me espreitando.  

Saí da minha zona de conforto e não estava almejando...

Sinto, respiro, suspiro, aceito, perdoo, liberto e sigo em retidão.

Não somos um único momento, errar é plausível!

Posso ter parecido uma criança, o instinto me dominou...

Me entreguei de corpo, alma e coração,

Na velocidade da luz, me violei, por não digerir emoções.

Foi tudo tão intuitivo e maravilhoso!

O mundo não é solo fértil para uma mulher, a vida, sim.

Me envergonho, peço perdão e me acolho (novamente).

Me acolho quantas vezes forem necessárias.

Persistir no erro, na recusa do crescimento é estupidez.

Quando estamos fora da ressonância, não há nada a ser feito.

Precisamos recuperar o equilíbrio da Tríade Sagrada (Pai, Filho e Espírito santo)

Realizar o corte energético.

Estivemos entrelaçados por algum motivo...

A energia instintiva foi muito grande,

Assim como a afinidade em autoconhecimento,

Mas... são mundos distantes...

Cada qual com suas dores imensuráveis,

Experiências, vivências e crenças...

Presos em escolhas como urubu em uma térmica,

Numa zona de conforto extremamente confortável...

Ansiosos nos frutos futuros

Deixando de viver o presente em amorosidade.

Talvez tenhamos esquecido as Leis que regem o Universo:

Onde semelhante atrai semelhante...

Acredito que o consciente e o inconsciente ainda não estão acomodados

Não se conhecem o suficiente para respeitar um ao outro.

 

“o homem só se torna um ser integrado, tranquilo, fértil e feliz quando (e só então) o seu processo de individuação está realizado, quando consciente e inconsciente aprendem a conviver em paz e completando-se um ao outro”.  Carl G. Jung

 

Por: Lucileyma Carazza

 



quinta-feira, 23 de outubro de 2025

PRESENTE

 



PRESENTE

 

O resgate de valores é plausível e visível, talvez sejam inapropriados, ultrapassados, ou fora de moda. Autocuidado, compaixão, perdão, amor, muito amor, não sei de onde sai tanto amor, ando transbordando amor ou fedendo à amor... ando em retidão com os meus princípios com esperança...

Uma tranquilidade que nunca fora minha, visitada pela ansiedade que insiste em perturbar, penso que estou louca, mas talvez, a alma não tenha aceito ainda esse novo padrão vibratório, o padrão de não ser reativa. O padrão de apenas ser em amorosidade.

Existe, pela primeira vez, o anseio genuíno pela outra metade. Não sei se já fui contemplada, se desperdicei, ou se serei contemplada... Acredito que tenha fugido insistentemente à entrega, fazendo pirraça e esbravejado, sendo forte o suficiente para vivenciar exclusivamente a solitude, mas ando a ansiar... suspiro em amorosidade e liberto um sorriso.

Sempre estive a procura, um vazio no peito, uma fuga insistente e resistente em não receber amor, me afastei dos que mais amei por não saber amar, com isso, vivi um deserto fértil em transformação lenta, sempre a observar, em aprendizado constante...

A natureza sempre fora o porto seguro solitário. O transformar das estações e dos dias a parceria itinerante. O sentir o cheiro do tempo mudando, olhar para o céu por horas sem um motivo aparente, sentir a chuva chegando, saber que a temperatura vai cair simplesmente em ver a cor laranja do céu... observar o mar e conhecer as suas nuances, perceber a alteração da estação ao ver os ninhos dos pássaros, a mudança das cores nas plantas e sentir os animais mais ávidos ou hibernos, a Lua a amante intuitiva, o vento aquele que descabela, o Sol, o abraço de um amor fraterno. O alvorecer é pura exuberância, é o despertar, é a luz que irradia e aquece. A magia é o fechar os olhos e presenciar a aurora boreal sem nunca ter ido até ela... sinto falta das cigarras e dos vaga-lumes...mas hoje recebi a visita de quatro borboletas azuis gigantescas, presença marcante de São Francisco de Assis.

Vivo entro dois mundos, o dos vivos e o dos mortos, e às vezes me confundo sem saber ao certo qual das presenças são reais...

Há uma mudança interna no amago da alma, muito profunda e sinto que o tempo parece gritar: viva, sinta-o esvaindo!

Respeito a liberdade, reverencio a mulher que me tornei e agradeço aos meus antepassados. Apesar de tudo, estou maravilhosamente bem, cicatrizes são as únicas marcas que melhoram com o tempo.

Estou no fim de uma jornada onde o único interesse é o de transbordar em amor.  Talvez seja a última chance de viver em amor, ou um amor.

Sei, que do alto daquela colina, supliquei, não sei se alcancei a graça ainda, mas sinto o coração aberto e entregue. Voltei a suspirar, a ter brilho nos olhos e aposentei as máscaras do meu ego. As vezes sinto uma convulsão emocional por ser intensa demais. Me descontrolo. Respiro... Me acolho, aceito e ouço a voz de sempre: vai dar tudo certo.

Sinto medo, mas como dizem os estudiosos da mente humana: “o medo pode ser associado a um sinal de desejo”.

Viva o presente, aceite, apenas aceite e ame!

Por: Lucileyma Carazza

 

 


sexta-feira, 17 de outubro de 2025

AMOR FATI

 


“AMOR FATI”

 

Autocuidado genuíno, amor próprio, liberdade, conhecimento, sabedoria, benevolência, plenitude, retidão, paciência, solitude, sensibilidade além do controle, autoconsciência, generosidade, disruptiva, transgressora, transcendente, carinhosa, prestativa, ser a prioridade, sou raridade e um solo sagrado, bem estar, equilíbrio emocional ativo é o meu único objetivo, tenho uma vida autônoma e invisto em mim egoisticamente falando...

Voltei com o “cabelinho” verde, uma vez que, uma aluna me disse que uma mulher que pinta o cabelo de verde não merece respeito... senti compaixão por mim, por elas(es)... não vim nesse mundo para agradar, vim para evoluir... e para vocês desejo flores e o despertar em sabedoria.

São tantos adjetivos que recebo. Já me acostumei a ficar calada para evitar fadiga. Tem tanta beleza no mundo para eu degustar, que, me preocupar com pessoas que se incomodam comigo por eu estar fora dos padrões é o menor dos meus problemas. Sofro! Mas supero! Ser uma mulher de 50 anos, livre, sem filhos, que gargalha muito, que faz o que quer da vida, que pinta o cabelo de verde, que possui muita amizade masculina, que é bonita, inteligente e que é muito gostosa! Sim! Sou deliciosa! Incomoda muita gente!

E neste desgosto aprendi sobre “amor fati” que é uma expressão latina que significa "amor ao destino" e descreve a atitude de aceitar e até amar tudo o que acontece na vida, incluindo sofrimento, perda e o inevitável.

Resolvi praticar a partir deste momento, o “Amor fati”. Amo o destino, amo a vida como ela é, e, declaro meu amor incondicional pela vida!  Não quero nada diferente, seja para traz, ou seja para frente, seja para toda eternidade, apenas amo! Abraço ativamente a minha história com amor genuíno! Isso me fez quem eu sou. Eu não mudaria nada, pois isso, me trouxe até aqui. Quero a queda do ressentimento! Quero a minha aceitação! A minha confiança! Tornei-me a minha melhor amiga e fã. Valido a mim mesma. Fortaleço meus circuitos mentais de segurança. Aceito a realidade e paro de nadar contra a correnteza fortíssima e deixo de estar exausta. Fico com a dor quando ela existir que é natural e faz parte da vida e sem o sentimento de vitimização. Quero a libertação de todo sofrimento desnecessário. Tenho uma história linda e imperfeita, e de, atratividade! Abdico a minha guerra interna! Assumo as minhas partes e quero paz! Cresci e me tornei mais sábia, assumindo completamente o meu passado! Amei!! Amo!! Não sinto vergonha! Liberto-me das minhas ameaças internas! Autoconsciência me representa! Estou num vínculo amoroso profundo comigo mesma! Quero calma! Quero tornar-me a força da natureza com atratividade duradoura, presente e MAIS AUTÊNTICA! Abraço a minha realidade com amor! Eu sou real, completa e inteira! O importante é a direção, pois, transformo os obstáculos em oportunidade de crescimento! Chega de impulso! Não quero ser reativa!

Não mendigo amor! Eu irradio amor! Sou real e inteira!

Foco no que está no meu controle, liberto o que está fora. Aceito a impermanência em gratidão! Pratico uma comunicação consciente. Vivo de acordo com meus valores com coragem! Liberto a necessidade de aprovação externa e prático “amor fati”.

E “se tudo der errado é só voltar para o início”, ou, inflama que sara!

 

Por: Lucileyma Carazza


terça-feira, 14 de outubro de 2025

FRAGMENTOS

 



FRAGMENTOS

 

Por vezes a vida nos prega peças

Quando achamos que está tudo sobre controle

Numa zona de conforto como um mar de almirante.

Eis que o inesperado nos desperta, atiça e nos traz um brilho novo.

Não estava vivendo como zumbi ou morta

Vivenciava o tempo como uma espectadora ávida da vida

Na simplicidade de apenas ser

Sem objetivo de conquistas ou provas.

Apenas degustando os espetáculos da natureza e da humanidade.

Vivendo um dia de cada vez, como coadjuvante desperta no presente

Andando como uma lebre sem destino aparente

Uma leveza livre onde o que mais me preenchia era sorrir,

Sendo benevolente e simplesmente amando.

Havia me comprometido em ser feliz em minha solitude.

Fechei algumas portas e me julguei protegida...

Eis que surge um calabouço de emoções,

Talvez seja apenas uma projeção,

Um sonho, uma doçura, uma centelha ou a esperança.

Pode ser carência ou o tal do “ego emocional”;

Que inferno inventaram agora...

No passado, quando percebi que era apenas um ego

Morri, derreti, ralei no umbral, reinventei e renasci.

Agora afirmam que um ego ralado ainda pode estar me dominando...

A paciência não é uma dádiva que me acompanha

De fato eu sou eu e você é você, mas no fundo somos todos um...

A certeza da loucura nos leva a ver o mundo com outros olhos...

Tem tanta beleza e a gente perde tanto tempo...

Falácias não convencem e o material não me interessa

A essência nos leva para o fundo da alma, mas pra quê?

O mundo é raso e a maioria das pessoas nem sentem...

Meu casamento com o mar me leva a profundezas

Dais quais não quero mais fazer parte, seria o presságio de um divórcio?

Vivo num limbo onde não me encaixo em lugar algum

Não possuo raiz por não saber relacionar.

Me guardei e me reservei tanto e não sei porquê?

Atropelo emoções, abro mão, vou embora em silêncio.

Guardo tudo para mim e viro neblina...

Ninguém nunca percebe, pois todos acham que sou a louca feliz!

De repente me encontro assim...

Sem vontade de respirar ou seguir

A beleza no mundo ainda existe

A impaciência persiste num calor insuportável...

Paro de respirar, não quero pensar, não quero sentir.

O tempo precisa passar rápido

Não sei me relacionar

Muito menos amar.

E está tudo bem, apesar de doer muito.

Me acolho e recomeço.

Ainda tenho tempo para aprender e mudar,

E acima de tudo: AMAR!

Se a reciprocidade não ocorre como almejamos

O Universo nos proporciona outros calabouços de emoções recíprocas.

 

Por: Lucileyma Carazza

Revisado por: Pedro Lucas Defante Nolasso – meu aluno preferido!  

Dedico este texto ao ilustre  Urso.

  

 



 

sábado, 13 de setembro de 2025

SER



SER

 

Somos o que somos?

Ou somos quem somos?

Dualidades!

Nossa consciência se defende com o ego,

O inconsciente nos guia?

Ou, seria o oposto?

O que é a sombra ou a luz no seu âmago?

Quem você alimenta?

O despertar da inconsciência,

Talvez seja a maior faceta da humanidade!

Nos tornamos mascarados

Possuímos várias vertentes construídas ao logo da vida!

Usamos a melhor máscara para nos representar

Autenticidade é um crime mortal.

Existe uma cura plausível,

Mas a ferida só cura quando inflama,

Assim como a alma...

Inflama que sara!

Dói! Mas a plenitude chega...

Como um dia chuvoso de inverno

Onde nos permitimos relaxar em paz

Emanando amorosidades e consciência...

Lugares, padrões, pessoas, excentricidades

São vínculos duradores ou passageiros?

Creio que podemos ser o nosso melhor

Dentro das nossas possibilidades

No caminho da retidão...

Somos uma fração de segundo,

Um momento de dor ou de cura...

 

Por: Lucileyma Carazza 

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

 




Paula.terapia.integrativa

@lucileymacarazza ! Te amo do jeitinho que é!

Minha amiga disruptiva! Transgressora! Magnífica!

Linda, que no mundo houvessem mais Mulheres como você.... Verdadeiras, autênticas, luminosas, grandes no coração, agradecidas, bravinhas - como eu também - maravilhosas!

Que honra é ser sua amiga! E te ouvir, te ler - porque também é escritora - , falar pra você!

Te amo do jeitinho que é... De cabelo castanho, branco, verde, azul ou amarelo.

Te admiro pela coragem de Ser.
Te quero por perto sempre, desde antes dessa foto até mais que hoje.
Bruxa gargalhante! Feiticeira! Inteira!

Te amo exatamente do jeitinho que é, de novo, de novo e de novo!
🧙‍♀️🧹🪄🐈‍⬛🐈🖤🩶🩷

segunda-feira, 28 de julho de 2025

FIM

 



Bom, não sei como começar escrever sobre este assunto, mas é necessário.

Em Gestalt aprendemos que fechar ciclos significa dar um fim a experiências inacabadas ou situações que estão impedindo o indivíduo de viver o presente de forma plena. Se não fechamos este ciclo acaba que perdemos muita energia, revivendo o que já foi vivido. Precisamos encerrar experiências, estar no presente e encerrar situações que nos consomem energias por estarem inacabadas ou em processo de cicatrização/digestão emocional.

Este blog se deve ao fato de uma menina/mulher que tinha muita raiva, dores e questões pessoais que precisavam ser revistas, mas esta moça não sabia muito bem por onde começar.

Comecei por um blog, ninguém me conhecia e poderia dizer o que quisesse, e assim, foram os meus primeiros passos.

A posteriori conheci um grupo de amigas que estavam voltadas para o autoconhecimento e decidiram reunir-se semanalmente para debatermos sobre o assunto, nos autodenominávamos “As mais legais”, foi o início da minha jornada, agradeço do fundo da alma a Paula.

Neste sentido comecei a frequentar a Casa da Esperança, que é um lugar onde todos são loucos e gente feliz não incomoda ninguém. Agradeço do fundo da alma a Tia Lucia, você foi luz na minha vida.

E nesta jornada escrevi minhas experiências, desenvolvi poemas, mas ninguém sabia, apesar de serem públicas.

Com o tempo, conheci a casa Caminheiros de Jesus e decidi estudar as religiões do mundo, assim como adentrar de peito aberto em busca do autoconhecimento. Agradeço Tia Clara (in memoriam), Sr. Serafim (in memoriam), Graça, Renatinha e tantos outros.

O mais fantástico nesta jornada foi quando juntei com um grupo de amigas e abrimos uma página no Facebook que se chamava: Mulheres que correm com os Lobos, chegamos a alcançar um público com mais de 300.000 participantes. A partir deste momento a poesia tornou-se magia, a competição por curtidas, as discussões construtivas ou não, tudo era novidade. Juliana a fundadora, que infelizmente sofreu com o crime de feminicídio... me ensinou tanto sobre a mulher selvagem, descrita por Clarissa Pikola Ester. A página chamava: MULHERES QUE CORREM COM OS LOBOS, e desta experiência tenho a agradecer a Juliana, Bruna, Rose (maravilhosa a mais talentosa de todas). A página infelizmente foi retirada do ar por decisão da família da Juliana.

Nunca mais parei de ler, estudar e escrever: Jung, Freud, Tao, Bert Herliinger, Naranjo, Chico Xavier, Jesus, Confúcio, Gandhi, Buda e outros... as religiões antigas, atuais e primitivas... filosofia e sociologia eram as grandes estrelas do meu dia.

Hoje, venho por meio desta comunicar que este ofício, o da escrita está sendo encerrado. É um ciclo que preciso fechar para que a energia se transforme.

A todos a minha Gratidão.

O Blog continuará no ar. Mas não escreverei mais.

Resolvi dar um tempo das redes sociais, pois se tornou um ambiente insalubre (para mim), sinto falta de olhar nos olhos, bater um bom papo e curtir uma boa gargalhada, no mais...

Tenho que agradecer a tanta gente que não vou me dar a esse luxo de citar um por um para não esquecer de ninguém. Agradeço a Ana que produziu meu primeiro livro.

Em maio de 2010 comecei a escrever, e hoje 28/07/2025 me despeço. Foram mais de 200 mil acessos com o alcance de mais de 25 países.

Escrever para mim tornou-se exaustivo, deixou de ser prazeroso. Revivencio ciclos que não necessitam mais serem cutucados, remexidos e discutidos, porque no fundo... SOMOS TODOS UM.

Desejo do fundo do coração que todos um dia consigam sentir de fato o que é ser GENTE FELIZ QUE NÃO INCOMODA NINGUÉM.

 

Beijo no coração! Lucileyma Carazza