terça-feira, 12 de julho de 2011

O Trabalho de Reconciliação



À medida que praticamos a consciência dos nossos julgamentos, vendo onde são originados, assumindo a responsabilidade por eles, e aceitando todos os aspectos não amados e conflitados em nossa consciência, nós gradualmente deixamos de exteriorizar a nossa dor e começamos a curá-la interiormente.
Essas compreensões são essenciais para nossa libertação da dor, do conflito e do nosso processo da cura em andamento:

* Cada um é responsável por tudo o que pensa, sente e experiencia.

* Todo julgamento que você tem sobre alguém mostra algum aspecto seu, que não você aprendeu a aceitar e amar.

* É sua responsabilidade aceitar e amar todos seus aspectos, especialmente as partes que não se sentem amadas e difíceis de serem amadas
.

Se podemos viver essas compreensões simples em uma base contínua, podemos entrar numa relação amorosa com nós mesmos e outros. Mas vivenciar isso requer prática.

A prática é necessária, não apenas quando estamos próximos da vida espiritual ou nos sentindo espirituais, mas quando a vida está contrariando nossas expectativas e nossos botões reativos estão sendo acionados.
Aqui estão duas diretrizes básicas para que a prática contínua de permanecer no coração:

* Quando os outros estão confusos, perturbados ou reativos em relação a você, dê apoio a eles para que assumam a responsabilidade pela experiência deles, mantendo um espaço aberto para o amor incondicional e para a aceitação por eles.

* Quando você esta confuso, triste ou reativo em relação aos outros, busque manter um espaço aberto de amor e aceitação incondicional por si mesmo, para que possa começar a assumir a responsabilidade por sua experiência.


Esta prática não é muito difícil entender. Não temos que ser gênios para saber o que nos pedem para fazer. No entanto, se você tentar praticar estas duas orientações, vai achar que elas são muito desafiadoras. Não é fácil manter um espaço aberto para si mesmo quando você está chateado, nem é fácil manter um espaço aberto para os outros quando eles são reativos. Ninguém disse que seria fácil. Simples, sim. Mas não é fácil!

É por isso que nós projetamos o Processo de Afinidade. É para ajudá-lo a praticar. Não com o seu cônjuge, seus pais, seu filho, seu chefe, as pessoas que realmente acionam seus botões reativos, mas com as pessoas que você ainda não conhece, mas que, como você, querem começar a olhar para seus julgamentos. Nossa intenção é fazer o mais fácil possível para você aprender este processo simples, mas desafiador de viver no coração.

Imaginamos que, uma vez que você estivesse engajado a praticar com estranhos, você poderia estender esta prática à sua casa. Então, quando seu parceiro gritasse com você no face a face, você saberia o que fazer, certo? Bem, talvez não imediatamente. Mas você teria algumas ferramentas para usar quando pequenos desentendimentos surgissem com o perigo de aumentar.

Porque, se você tem algum grau de habilidade em manter um espaço aberto e seguro para si e para outros, então você pode enfrentar pequenas discordâncias em seus relacionamentos. E você, junto a sua família e amigos podem começar a construir uma confiança necessária para assumir os tufões que surgem inesperadamente no oceano da vida.

Paul Ferrini
O Processo de Afinidade e o
Caminho do Amor Incondicional e Aceitação