terça-feira, 12 de julho de 2011

Suportar Nossos Medos Com Compaixão



A verdade é que se pode aprender a suportar nosso próprio medo de uma forma de amorosa e com compaixão. É mais fácil lidar com o medo dos outros. Assim, parte do desafio é inteiramente pessoal. Precisamos aprender a amar a nós mesmos quando o medo vem à tona.

Isso significa que reconhecemos nosso medo e nos recusamos a projetá-lo em outra pessoa. E é aqui que começa o Processo de Afinidade. Quando eu estou fazendo o Processo de Afinidade e não tenho um julgamento a seu respeito, sei que o julgamento vem do meu próprio medo. Eu me aproprio do medo e assumo a responsabilidade em me amar através desse momento de medo, em vez de atacar você verbalmente.

O Processo de Afinidade me faz responsável por cada coisa que estou pensando ou sentindo. Se estou triste ou com raiva, a tristeza ou a raiva me pertencem. Mesmo que você apareceu para provocar essas emoções em mim, elas não são sua responsabilidade.

Ao insistir que cada pessoa assuma a responsabilidade pelo o que está pensando ou sentindo, o processo previne o aumento do medo. Isto faz uma trégua em meio ao conflito e dá a cada um uma lição de casa a fazer.

A minha lição é sempre estar com o meu medo quando ele vem à tona. A sua lição de casa é ficar com seu medo. Quando você se concentrar no que eu posso fazer ou dizer, você não pode ficar com seu medo. Quando eu me foco no seu comportamento ou palavras, eu não posso ficar com o meu medo.

Você pode provocar o meu medo, mas você não é a causa dele. A dinamite já estava lá à espera de ser acesa. Mesmo os fósforos já estavam lá. Qualquer um poderia ter vindo acender um fósforo. Aconteceu de ser você.

Quando eu tiro você do foco e enfrento diretamente meu medo, aprendo a me amar incondicionalmente. Eu aprendo a lidar compassivamente com meus próprios sentimentos de indignidade. Eu paro de esperar que você forneça o amor que me falta e aprendo a fornecer este amor a mim mesmo.

Quando estou ativamente amando a mim mesmo, então sou forte o suficiente para amá-lo através de nossos desacordos. Eu sou forte o suficiente para me dar suporte quando você não pode me dar.

Quanto mais amoroso sou comigo, mais fácil é para mim estar com pessoas que me julgam, criticam, ou atacam. Eu sei que não sou responsável pelo modo como eles se sentem a meu respeito, sou responsável apenas por aquilo que eu penso e sinto, sobre mim e sobre eles.

Meu amor por mim e por outros não é mais dependente dos acordos ou dos apoios. Para ter certeza, eu gosto de concordância e apoio, mas não vou deixar de amar quando eles não forem oferecidos. Na verdade, esses são os momentos que eu mais preciso me amar e aos outros também.

Paul Ferrini
O Processo de Afinidade e o
Caminho do Amor Incondicional e Aceitação