Capsicum frutescens in anus autrem kisucus est!!!!! Meu diário, meus pensamentos... meu amigo!!!
terça-feira, 12 de julho de 2011
Origens do Processo de Afinidade
O Processo de afinidade foi desenvolvido para nos ajudar a percorrer através os nossos conflitos, sem destruir o amor que sentimos uns pelos outros. Vários anos atrás, eu comecei a participar em conferências para estudantes de Um Curso em Milagres. Muitas vezes, 200 a 300 pessoas estavam lá. Nós cantávamos, dançávamos, comíamos juntos e brincávamos juntos. Muitos de nós experimentaram uma intimidade com pessoas que acabáramos de conhecer que não havíamos experimentado antes em nossas vidas, mesmo com família, cônjuges e amigos. Quando nós estávamos dispostos a confiar e aceitar uns aos outros, nossa experiência era de dar e de receber amor. Estávamos em êxtase. Então, voltávamos para casa, voltando também para nossas velhas histórias, mecanismos de defesa e as nossas bolhas emocionais estouravam. Nós caíamos do nos sentir alegres, confiantes, expansivos e para sentir-nos tristes, defensivos e emocionalmente contraídos. Nós não podíamos trazer aquela confiança e a aceitação para casa. Tão logo nossos botões eram acionados pelos pais, filhos, amigos ou amantes, estávamos de volta ao viver no medo. Nós simplesmente não tínhamos as ferramentas necessárias para processar o nosso material egóico.
Em qualquer relacionamento, não importa quão bom ou confiável tenha sido ao início, as questões do ego estão sujeitas a subir à superfície. Quando começamos a ficar seguros com uma pessoa, nossos medos subconscientes começam a emergir para serem curados. Quando uma pessoa está tomada pelo medo, não demora muito para o outro reagir com medo também. Na verdade, o medo é contagioso. Se você não sabe como amar a si mesmo incondicionalmente, não tem muita chance de não reagir ao comportamento de distanciamento ou de ataque do outro.
Quando estamos com medo, ou tentamos assumir o controle ou fugimos. Luta ou fuga é a norma.
Raramente nos mantermos firmes, reconhecendo que o medo está chegando e assumindo a responsabilidade por ele. Quantas vezes dizemos ao nosso parceiro: "Eu sinto muito medo vindo que parece ter sido provocado por você, mas sei que este medo é meu e só preciso de algum tempo para lidar com ele. Se eu tentar falar com você sobre isso agora, eu vou fazer com que isso seja seu, e não meu. Mas não quero fazer isso. Quero sentir e me apropriar disso, compreendendo e depois voltar e falar com você sobre isso, mas só quando estiver pronto". Normalmente, quando o medo surge, ficamos na defensiva ou fugimos. De qualquer forma, queremos torná-lo um problema de outra pessoa. A outra pessoa, por sua vez, quer fazer seu medo ser nosso problema. O resultado é que ambos sentem a separação e ambos se sentem atacados.
Não importa o quanto tentemos, não vamos livrar-se do nosso material egóico. Ele virá à tona. Hoje, podemos aceitar uns aos outros e nos olhar olho no olho. Mas, amanhã poderíamos não concordar. Amanhã, podemos não nos sentir apoiados um pelo outro. E, em face da discordância e da falta de apoio, será que ainda aceitaremos uns aos outros? Nosso amor é condicional. Só nos amamos quando estamos de acordo e sentimo-nos apoiados mutuamente. Quando o acordo e o apoio se desfazem o amor, em geral, termina.
Jesus nos disse para "amar nossos inimigos". Ele poderia muito bem ter dito "Ame os seus amigos e amantes, quando eles param de ser solidários". É o mesmo desafio. Podemos amar e respeitar as pessoas que discordam de nós? Podemos amar as pessoas que nos julgam? Quando o medo surge em nosso relacionamento, podemos amar uns aos outros através do medo? Ou será que o amor desaparece logo que surgem nossos medos?
Relacionamentos bem sucedidos são aqueles em que o amor sobrevive ao ataque de medo. Eles levam tempo para se desenvolver. A confiança superficial não é suficiente. Medos profundos da infância podem facilmente perturbar. A confiança deve ser mais profunda que do nosso medo, ou que o medo do nosso parceiro.
Paul Ferrini
O Processo de Afinidade e o
Caminho do Amor Incondicional e Aceitação